Ocupação de março no Algarve ficou a 11% de 2019

Os indicadores disponibilizados, esta segunda feira pela AHETA, mostram que a atividade turística continua a recuperar e o mercado britânico a reaver o seu peso.
O mês de março trouxe nova recuperação ao turismo algarvio, com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a avançar com uma taxa média de ocupação por quarto da ordem dos 46% (+740% em termos homólogos) e por cama da ordem dos 34,6%. Face a 2019,ambos os indicadores permanecem abaixo do nível de então, com -10,9% e -12,4%, respetivamente.
No acumulado dos três primeiros meses do ano, a taxa média de ocupação – quarto ficou 13,7% abaixo de março de 2019. Já a ocupação média dos últimos 12 meses não foi além dos 41,2%.
Por zonas algarvias, algumas houve que conseguiram melhores resultados que no mesmo mês de 2019, evidenciando alguma alteração na polaridade do turismo. Foi o caso de Lagos /Sagres (+8,7%) e Vilamoura / Quarteira / Quinta do Lago (+14,5%). No polo oposto ficaram as zonas de Monte Gordo / Vila Real de Santo António (-41,3%), Carvoeiro /Armação de Pêra (-29,8%) e Albufeira (-23,9%).
A ocupação mais elevada ocorreu em Faro / Olhão, com 64,1%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Monte Gordo / VRSA, com 31,6%.
Por categorias de alojamento, as principais descidas verificaram-se nos hotéis e aparthotéis de 5* (-23,0%) e de 4* (-17,0%), com os hotéis e aparthotéis de 3 e 2* a registarem uma subida de +24,7% relativamente a março de 2019. Se tivermos em conta que, segundo os números divulgados pela AHETA, os hotéis e aparthotéis de 3 e 2* registaram a taxa de ocupação mais alta (57,4%), enquanto a ocupação mais baixa ocorreu nos hotéis e aparthotéis de 5* (39,2%), o que pode concluir-se é que passou a existir uma maior preocupação com os preços, com os turistas a não prescindirem das suas férias mas tentando fazê-las gastando menos.
Britânicos lideraram em março
O mês de março foi marcado pelo regresso em força dos turistas britânicos à região algarvia. No mês em análise, dominaram as dormidas, com 32,3% do total, seguidos pelos portugueses (14,7%), alemães (11,0%) e holandeses (9,8%). Ainda assim, foram os britânicos quem liderou nas dormidas em praticamente quase todas as categorias, com exceção dos aldeamentos e apartamentos de 3*, onde os portugueses foram o principal mercado.
Já no acumulado do primeiro trimestre do ano, o resultado é bem diferente, como o mercado britânico a ser o que apresenta maior descida face a 2019 (-20,8%), seguido pela Alemanha (-1,7pp, -38,6%) e Holanda (-0,6pp, -13,7%).
Também no número de hóspedes a liderança, em março, pertenceu aos britânicos, com 26,9%, seguidos pelos portugueses (25,3%), alemães (8,1%) e franceses (7,3%). O predomínio estendeu-se a várias categorias de alojamento, nomeadamente nos hotéis e aparthotéis de 5* e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4*. Nas restantes categorias, a liderança no número de hóspedes ficou por conta do mercado interno.
De referir ainda que com 44% dos passageiros movimentados, o Reino Unido foi a origem/destino mais importante no Aeroporto de Faro.
