Obras na Portela vão custar 200 a 300M€ e podem arrancar ainda em 2023

O anúncio foi feito pelo presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière, em Ponta Delgada, na segunda sessão do Congresso da APAVT, subordinada ao tema “Grandes desafios do turismo português – o que vamos fazer?”
O tema das obras no aeroporto Humberto Delgado tinha sido abordado pelo presidente da APAVT na sessão de abertura do Congresso, onde exigiu que seja feito “o que neste momento parece ainda possível fazer, que são as obras no aeroporto da Portela, permitindo melhorar a operacionalidade e eficiência desta infraestrutura”.
Respondendo à questão que lhe foi colocada sobre o que é que ainda é possível fazer para melhorar a eficiência do Aeroporto da Portela, presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal, Thierry Ligonnière, disse que ainda há espaço para aumentar a capacidade do Aeroporto de Lisboa. “Nós conseguimos criar capacidade através da melhoria da eficiência operacional”, afirmou, adiantando que as equipas já estão a trabalhar num “projeto de melhoria operacional e da qualidade de serviço”.
Adiantando que não se trata exatamente de um projeto de uma expansão de capacidade, “porque isso implica licenciamento ambiental”, o que está desenhado, segundo afirmou, representa um investimento de “200 a 300 milhões de euros” e integra a “criação de uma nova placa de estacionamento com possibilidade de colocar os aviões em contacto com a infraestrutura”.
O projeto, que permitirá aumentar a eficiência da infraestrutura aeroportuária permitirá também, através da construção de um pier, “expandir o Terminal 1 para Sul com mais de 10 portas de embarque para termos assim o embarque e o desembarque através das pontes telescópicas”, afirmou.
Sublinhando que este projeto representará “um salto importante no aeroporto de Lisboa e acreditamos que com este desenvolvimento vamos conseguir uma grande melhoria”, Thierry Ligonnière adiantou que as obras poderão arrancar no final de 2023 até porque, adiantou “os cadernos de encargos do nosso lado estão prontos”. No entanto, para que seja possível cumprir este prazo “todas as entidades envolvidas neste processo façam o seu trabalho rapidamente”
Esta primeira fase do projeto, frisou o responsável, “resolve uma problemática operacional que permite otimizar e acrescentar um bocadinho de atividade no Aeroporto”, até que se avance numa nova fase que será a da construção do novo Aeroporto.
Quanto ao novo Aeroporto de Lisboa, o CEO da ANA afirmou que “é preciso muita objetividade, é preciso que haja uma resposta objetiva e realista a todas as perguntas que condicionam e exequibilidade do projeto”.
Escusando-se a comentar localizações para a nova infraestrutura, Thierry Ligonnière afirmou que “a ANA fará o que o Governo decidir”. Lembrando que “somos uma concessionária de serviço público aeroportuário, e quem decide não somos nós, é o Estado português”, o CEO da ANA acrescentou que “o que é preciso é que o trabalho seja feito”.
Turisver em Ponta Delgada, a convite da APAVT