Objetivos anunciados da Airventure não foram atingidos mas Miguel Quintas acredita que o grupo “vai ser um caso sério”
Na conferência de imprensa realizada durante a Convenção da Airmet, um dos pontos focados teve a ver com a Airventure, grupo de gestão que iniciou funções no início de 2023, formado exclusivamente por agências IATA e de que a Airmet é sócia maioritária.
Relativamente à Airventure, Luís Henriques, diretor-geral da Airmet, informou ter havido uma reunião com os agentes de viagens integrados no grupo no dia anterior ao início da Convenção da Airmet, em que foram feitas apresentações de algumas companhias aéreas e de novos parceiros: “Estiveram presentes seis companhias aéreas e dois GDSs”, informou, avançando que a Airventure é, neste momento “constituída por 11 sócios”, havendo “mais algumas empresas na calha para entrar para a sociedade”.
Sublinhando que a Airventure “é a forma que nos garante ser também muito competitivos ao nível do mercado corporate”, Luís Henriques manifestou a certeza de que “essa empresa ainda pode desenvolver muito”, havendo, no entanto, que trabalhá-la de uma forma diferente da própria Airmet, porque “são pessoas diferentes, são agências com necessidades que são diferentes, mais exigentes, que olham outro tipo de vantagens e de benefícios a que uma agência de lazer não olha de uma forma tão direta”.
“O número que nós tínhamos traçado inicialmente não é o que atualmente temos” mas Miguel Quintas, chairman da Airventure, considerou que este até reflete “um bom trabalho” tendo em conta “as condições do mercado”, pois “o corporate atravessou, e atravessa, momentos muito difíceis, ainda está a sair das dificuldades da pós-pandemia…”
Questionado pelo Turisver sobre os objetivos traçados, ao nível do número de associados, para o primeiro ano de atividade deste novo grupo de gestão, aquando da sua apresentação e que ainda não foram atingidos, Luís Henriques justificou que este “não é um mercado fácil, até porque o universo das agências de corporate é mais pequeno do que o das agências de lazer”, acrescentando que, por se tratar de uma empresa jovem “tivemos que percorrer um caminho, dar algumas garantias de segurança, estabilidade e credibilidade a alguns parceiros para que nos começassem a abrir a porta” mas agora “já somos vistos até pelo mercado como uma solução credível”.
Consciente de que “o número que nós tínhamos traçado inicialmente não é o que atualmente temos”, Miguel Quintas, chairman da Airventure, considerou que este até reflete “um bom trabalho” tendo em conta “as condições do mercado”, pois “o corporate atravessou, e atravessa, momentos muito difíceis, ainda está a sair das dificuldades da pós-pandemia, de uma queda de vendas brutal e da dificuldade de contratação de pessoas”, além de estar também a braços com dificuldades inerentes à sustentabilidade e a uma mor necessidade de viajar dado o acesso às novas tecnologias. Tudo isso, afirmou, “atrasou as decisões estratégicas das próprias agências, quando têm que sair de um determinado sítio e fazer um investimento para entrar no outro lado”.
Sem dar pormenores, o responsável garantiu que “neste momento há uma alteração estratégica dentro da Airventure” que a levará a “crescer à procura dos tais números de que falámos e não vai ficar por aqui – acredito que possamos ir bastante mais longe e, portanto, a Airventure vai ser um caso sério, pela positiva, para falar durante o ano 2025”.