O que os agentes de viagens precisam saber sobre Zanzibar para falarem com os seus clientes – 1ª parte

O operador turístico Sonhando realizou um webinar de apresentação da sua programação a agentes de viagens do grupo Airmet, com foco no novo destino lançado este ano em charter: Zanzibar. O Turisver foi convidado a assistir e dá hoje conta das infirmações que foram transmitidas sobre a operação e sobre o destino. Na segunda parte falaremos da oferta hoteleira.
Hakuna Matata!
We are the Champions!
Não há como dar volta: quando se pensa em Zanzibar vem à memória a expressão Hakuna Matata celebrizada por “O rei Leão”. Uma expressão suaíli, a língua nativa, que significa, literalmente, “não há problema” mas que é mais utilizada entre os naturais com o sentido de “Viva!” ou “Vida longa!”, ou seja, de saudação.
E depois há… Freddie Mercury, o rei dos “Queen”, nascido Farrokh Bulsara na “Cidade de Pedra”, a parte mais antiga de Zanzibar, onde se pode visitar a casa onde viveu – mas isto ficará para mais tarde.
Comecemos pelo princípio, passe a redundância. O Turisver foi convidado a assistir ao webinar em que o operador turístico Sonhando apresentou o seu novo destino de verão, Zanzibar, a uma plateia formada por agentes de viagens do grupo Airmet. E por onde é que começou? Por hakuna matata, claro, porque esta será uma expressão que os turistas portugueses vão ouvir a cada passo desde que ponham um pé na ilha, como explicou Fernando Bandrés, diretor comercial do operador, a quem coube fazer a apresentação do destino.
Mas há mais, Zanzibar é um destino “pole…pole”, mais uma expressão suaíli que não deve ser esquecida porque encerra em si própria toda uma forma de estar, uma filosofia de vida. Lembram-se do “leve…leve” de São Tomé? Pois este “pole…pole” significa isso mesmo. Afinal, está-se em África, onde o tempo corre sempre devagar, pelo que não há que ter pressa e muito menos sentir stress. Portanto, se a refeição demorar um pouco mais de tempo a chegar, o melhor é que cada um diga para si próprio “hakuna matata” e reforce com um “pole…pole”.
Na verdade pouco ou nada há que cause stress quando se está num destino como Zanzibar, uma ilha no meio do oceano Índico que é senhor das mais belas águas em que alguém se pode banhar. Desfrutar é, pois, a palavra de ordem e também o conselho que os agentes de viagens devem dar aos seus clientes. ”É com esta filosofia e este espírito que os vossos clientes devem entrar neste destino”, frisou mesmo Fernando Bandrés, que deixaria a seguir uma série de indicações importantes.
Zanzibar foi escolhido como um dos melhores destinos para férias pelo Travellers’Choice e no destino há vários hotéis, atrações, restaurantes, que ostentam este logótipo, o que significa que estão classificadas dentro das melhores valorizações feitas pelos clientes e, como reforçou o diretor comercial da Sonhando, “há que ter em conta o reconhecimento feito por quem viaja” refletido nos “selos” que os estabelecimentos e atrações ostentam”.
Fernando Bandrés recordou que o destino Zanzibar “não é novo no mercado português. A novidade está em termos pela primeira vez um voo direto entre Lisboa e a ilha de Zanzibar”. Um voo que, na ida, tem uma duração de cerca de oito horas e meia e no regresso um pouco mais de nove horas, “sensivelmente o mesmo tempo que dura um voo para Punta Cana, por exemplo”.

Como tem vindo a ser anunciado, a Sonhando vai operar aos domingos nas idas, sendo que o regresso é às segundas feiras. A operação tem sete partidas, começando a 30 de julho e o último regresso a Portugal será a 17 de setembro. Os voos serão realizados em avião Airbus A 340 da companhia aérea Hi Fly, com 291lugares, entre a classe turística e executiva, sendo esta com acentos completamente flat, o que significa que os passageiros podem “esticar-se” para dormir de forma confortável. Por outro lado, tanto em executiva como em económica, os assentos estão equipados com um ecrã para entretenimento.
O responsável indicou, também, que os voos serão noturnos tanto na ida como no regresso: “Na ida saímos aos domingos às 22h00, chegando a Zanzibar às 8h30 da manhã de segunda feira, e no regresso saímos às segundas feiras às 22h35, chegando a Lisboa pelas 06h00 da manhã de terça-feira. Portanto, sublinhou, “a disponibilidade do período de férias do cliente para esta viagem terá de ser de domingo a terça-feira, estando assim a falar de 10 dias de viagem com sete noites dormidas no hotel e duas noites a bordo. Quanto à bagagem terá uma franquia de 20Kg em mala de porão na classe turística e de 30Kg em classe executiva, a que acresce uma pequena mala de cabine”.
O que é preciso para ir de férias a Zanzibar e como se deve vivenciar o destino
Situado na costa leste de África, em frente da Tanzânia, o arquipélago de Zanzibar é formado por duas ilhas, a de Pemba e a de Zanzibar, a maior e mais turística e que é também onde se situa o centro comercial e histórico do arquipélago.
Para irem de férias a Zanzibar os portugueses precisam de visto de entrada, o que, segundo Fernando Bandrés, é “muito fácil de obter”, uma vez que “pode ser comprado diretamente no aeroporto à chegada” ou “pode ser obtido online através do link https://eservices.immigration.go.tz/visa/” que é aliás o recomendado pela Sonhando. Acresce que, tanto num caso como noutro o custo do visto é de 50 Dólares.

Cada vez mais, os cuidados de saúde são uma preocupação para quem viaja. A este nível, os passageiros com o certificado de vacinação completa do Covid não necessitam de teste PCR nem antigénio. Já os não vacinados clientes devem apresentar prova de reste negativo realizado mas 72 horas anteriores à viagem.
Outros cuidados de saúde básicos seriam a vacina contra a febre amarela que, no entanto, não é obrigatória para turistas que vão de Portugal, e a profilaxia da malária que é recomendada mas também não é obrigatória.
Mais informações em: http://www.taa.go.tz/index.php/traveller-guides/health-requirements .
O que é “obrigatório” para quem viaja para Zanzibar é levar na bagagem um bom repelente de insetos e “uma camisa ou outra de manga, em especial para as horas do pôr do sol e noite, por causa dos mosquitos”, advertiu o responsável da Sonhando.
De acordo com Fernando Bandrés, “os clientes deverão ser avisados para não comerem alimentos crus, não beberem água sem ser engarrafada, não colocar gelo nas bebidas, em especial fora dos hotéis e é importante que digam aos clientes que em Zanzibar o acesso aos medicamentos não é fácil por isso é necessário levar os medicamentos que temos que tomar por problemas de saúde e um kit para casos pontuais de SOS”.
Os agentes de viagens devem também avisar os clientes para levarem consigo um calçado para ir à praia já que na maré baixa, em algumas praias da ilha, encontram-se pequenas rochas.
Outra informação importante é que as tomadas elétricas são trifásicas e por isso os clientes devem levar um adaptador, embora eles possam ser comprados localmente ou até serem disponibilizados por alguns hotéis.
O passageiro sofre com o jetleg? Pois neste caso não há preocupações pois no verão a diferença horária para Portugal é de apenas duas horas a mais, o que não afeta ninguém.
E a segurança? Zanzibar é um destino seguro mas, evidentemente, o turista tem que respeitar as particularidades e tradições locais. É bom não esquecer que se trata de um destino muçulmano pelo que as senhoras, em particular, terão que dar alguma atenção ao seu vestuário, em especial nas visitas fora das zonas de praia.
Por outro lado, é África, com tudo o que esse continente acarreta de diferenças face à Europa e quem não está habituado terá que ir preparado para sentir algum choque cultural. Como em quase todos os destinos africanos, as crianças vão aproximar-se dos turistas que terão tendência a querer tirar fotos, aliás muitas vezes elas são pedidas pelas próprias crianças e há que ter alguns cuidados: “Avisem os vossos clientes que solicitem permissão sempre que queiram tirar fotos às pessoas locais e em especial às crianças”, alertou o diretor comercial da Sonhando.
Falar da História de Zanzibar também é falar dos portugueses
Reza a História que o navegador português Vasco da Gama foi o primeiro europeu a chegar a Zanzibar durante a sua primeira viagem marítima à Índia, em 1499. A partir daí, a ilha esteve cerca de dois séculos sob protetorado português, sendo nesse período um entreposto comercial e uma missão católica.
Depois, em 1698, o sultanato de Omã invadiu Zanzibar que passou a ter uma população árabe durante cerca de 200 anos, após o que passou a ser um protetorado britânico. Já mais perto de nós, em 1963, dá-se uma revolução contra os britânicos e Zanzibar junta-se à antiga Tanganica, a parte continental do que é hoje a Tanzânia.
Tendo sido um dos primeiros enclaves onde assentaram populações muçulmanas na costa da África oriental, Zanzibar é hoje pertença da Tanzânia, mas é aquilo que podemos denominar como uma Região Autónoma, já que tem um parlamento e um presidente próprios.
A moeda oficial é o Xelin tanzaniano que não tem cotação internacional (atualmente, um Euro equivale a cerca de 2.469 Xelins ou Shillings). Por isso, os agentes de viagens devem recomendar aos seus clientes para não trocarem uma grande quantidade de Euros por Xelins, até porque a moeda local apenas é necessária para comprar artesanato ou alguma coisa num mercado local. As transações em restaurantes, nas excursões e nos hotéis poderão ser feitas em Euros ou Dólares, ou então com cartão de crédito. Avisem no entanto que existem muito poucas caixas ATMs para levantar dinheiro.
Aos clientes que tenham dúvidas sobre se o verão português, data em que se realizam os voos charter, é uma boa época para visitar Zanzibar a resposta é sim. “A ilha tem duas estações secas por ano e uma delas coincide com os nossos voos”, sublinhou o diretor comercial da Sonhando.
Na segunda parte falaremos sobre os hotéis e as praias de Zanzibar.
Informações sobre a programação da Sonhando para Zanzibar em: https://www.sonhando.pt
Ilustrações cedidas pelo operador turístico Sonhando