“O mundo está tão moderno que está outra vez completamente dependente das agências de viagens”

No encerramento do 49º congresso da APAVT, Pedro Costa Ferreira referiu-se às relações entre as companhias aéreas e as agências de viagens e olhou para 2025, ano em que a Associação celebrará o 75º aniversário e deverá lançar o “mais ambicioso” programa de formação de sempre.
Na sessão de encerramento do 49º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo que terminou sábado em Huelva, na Andaluzia, Pedro Costa Ferreira deteve-se em todos os temas tratados nas várias sessões de trabalho, nomeadamente no que abordou as relações entre as companhias aéreas e as agências de viagens, que seguirá novos parâmetros com a introdução do NDC (New Distribution Capability).
Neste âmbito, o presidente da APAVT afirmou que “dificuldades avizinham-se, algumas directamente relacionadas com maiores custos de emissão e menores níveis de remuneração”. Ainda assim, disse esperar que “as companhias aéreas entendam que estão certamente vocacionadas para transportar, por via aérea, melhor do que ninguém, os passageiros, mas que continuarão a depender, e sobretudo a beneficiar, da actividade das agências de viagens, para atrair, com maior efectividade e menores custos, os passageiros para dentro dos aviões”.
Recordando que em mercados considerados desenvolvidos, existem “movimentações das companhias aéreas em direcção às agências de viagens”, Pedro Costa Ferreira considerou que “progressivamente, o mundo está a ficar tão moderno, que está outra vez completamente dependente das agências de viagens”.
Olhando para 2025, ano em que a Associação completará 75 anos de vida e realizara o seu 50º Congresso em Macau, avançou que a APAVT irá desenvolver, “no âmbito de um programa SIAC qualificação que esperamos seja aprovado, o mais ambicioso plano de acompanhamento de mercado, e formação, de sempre”.
Será também o ano, disse, em que, “actualizando os números do sector a 2023, encontraremos certamente a maior influência económica de sempre na economia portuguesa, por parte da Distribuição Turística” e em que a Associação se irá desdobrar “em iniciativas de aproximação aos nossos associados, de valorização das agências de viagens e de visibilidade do sector, junto do consumidor”.