“O Grupo GEA é a proposta de valor mais completa e adaptada às necessidades do mercado”, afirmou Pedro Gordon

O administrador da GEA Portugal falava em Tróia, na abertura da 20ª Convenção do Grupo com o tema “Upgrade our value – Gerar Valor, Criar Futuro”, onde realçou que o principal objetivo da GEA Portugal “coincide exatamente com o lema da Convenção, a criação de valor para as nossas empresas”. Na mesma sessão, o presidente da APAVT falou de otimismo, incertezas e desafios.
Depois de sublinhar o facto de o evento decorrer com a presença de mais de 500 profissionais, Pedro Gordon, um dos administradores da GEA Portugal, referiu-se ao tema da 20ª Convenção “Upgrade our value – Gerar Valor, Criar Futuro” para afirmar que “queremos desenvolver estes conceitos em dois sentidos: do grupo, em direção às suas agências membro, e das agências do grupo em direção aos seus clientes”.
Pedro Gordon aproveitou para fazer o resumo da sessão realizada no dia anterior, exclusiva para agências associadas, na qual foram apresentados os projetos implementados e feito o ponto de situação dos desenvolvimentos em curso e feito “o balanço sobre a evolução que estamos a experimentar e que se conclui no conceito GEA 4.0, ou GEA 360, e nos seus quatro pilares fundamentais”.
Começou pela área comercial, ou de contratação, que disse estar “focada na otimização das margens, seja por comissões diretas, seja por rapéis diferidos”, salientando “a marcada evolução da rentabilidade nas emissões aéreas e na remuneração dos segmentos dos GDSs, mediante os acordos negociados ao nível do Grupo Newtour, desenvolvidos nos últimos dois anos”, Uma área em que, prosseguiu, se integram “campanhas de produção exclusivas para sermos mais competitivos em preço”.
Referindo-se depois ao front office GEA – “a nossa intranet” – disse que “integra todo o conjunto de ferramentas tecnológicas que podemos subdividir, por um lado, em ferramentas de comunicação com os nossos clientes, como a GEA Web, posicionamento da agência online, a GEA TV, publicidade de produtos em ponto de venda, GEA Marketing, newsletters, redes sociais, PDFs de montra”
Ao nível das ferramentas de produtos, citou a TrevelGEA Ticketing, a TravelGEA Booking e TravelGEA Drive, tendo também referido um novo motor de hotéis e ferramentas de gestão de back office ou faturação.
“Este conjunto de ferramentas é necessário para otimizar a eficiência, produtividade e competitividade das nossas empresas, ainda mais num momento de elevada dificuldade para a angariação de recursos humanos”, afirmou o administrador da GEA.
Em termos das “mais valias de rede” falou da Academia GEA, que proporciona “formação certificada em diferentes áreas, em temáticas que identificamos mediante os inquéritos que efetuamos aos diretores do grupo, para determinar as necessidades formativas das agências de rede” e também da recente implementação do “GEA Moments” que permitiu passar de dois encontros anuais de trabalho com as agências da rede para “cinco encontros, três dos quais marcadamente de trabalho – as reuniões regionais, o “GEA vai ter consigo” e a convenção anual -, e dois de convívio, o Welcome Summer e o Bye Bye Summer.
Relativamente aos serviços de apoio, destacou a criação do GEA Gabinete de Apoio Associado, que permitiu dar “um passo à frente com a criação de um projeto de consultoria mais abrangente” e que conta agora com serviços de consultoria jurídica, consultoria contabilística e consultoria de apoio e investimento com fundos públicos.
“Estas grandes áreas integram a nossa visão do grupo, o conceito GEA 360, como um conjunto de serviços e ferramentas que abrangem praticamente a totalidade das necessidades de uma agência de viagens”, declarou, afirmando que, com o conjunto de todos os serviços e ferramentas enumeradas “o Grupo GEA é a proposta de valor mais completa e adaptada às necessidades do mercado”.
Otimismo, incertezas e desafios deram mote à intervenção do presidente da APAVT
O otimismo justificou-o Pedro Costa Ferreira na abertura da 20ª Convenção da GEA, pelo facto de o setor ter recuperado “muito bem” da pandemia, com o valor económico da distribuição turística a alcançar, em 2022,os 5,8 mil milhões de euros, considerados os efeitos diretos, indiretos e inclusivos, ou seja, “cerca de 2,4% do PIB de 2022, e mais ou menos 2,8% do VAB nacional”.
Face a estes indicadores, afirmou, “o setor está vivo e recomenda-se”, teve o seu melhor ano em 2023 e “em 2024 consolidou o seu melhor ano”, com as perspetivas para 2025 a serem positivas, por via da descida das taxas de juro e do aumento do rendimento disponível dos portugueses.
Há, no entanto, “muitas incertezas”, provocadas pelas duas guerras e pela situação que vivem os 5 principais mercados emissores de turistas para Portugal: dos EUA por força da alteração política, de Espanha e França pelas crises políticas que vivem, da Grã-Bretanha que está perante o maior choque fiscal de sempre, e da Alemanha por estar à beira da recessão.
Desafios “são enormes”, a começar pelas “novas condições de emissão das passagens aéreas” pela “introdução em força em Portugal, do NDC, através da TAP”, que afetará, sobretudo, o corporate mas que terá também “efeitos importantes” no lazer.
O cumprimento das regras e metas relacionadas com a sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG), algumas das quais são já exigidas para ter acesso a alguns fundos, nomeadamente do Turismo de Portugal; a introdução da Inteligência Artificial “de uma forma metódica e estratégica nos nossos processos de negócio”; a “arquitetura de seguros” que, em Portugal, ainda não seguem, de forma efetiva, as condições exigidas pela Diretiva Europeia; e ainda questões relacionadas com a ciber segurança que “vai ser, claramente, um problema para todos nós”, foram outros desafios enumerados.
Para os ultrapassar, afirmou, é fundamental ter “dimensão” que “é o que o mercado não tem” por ser formado, principalmente por micro empresas, o que torna mais importante a existência dos grupos de gestão que dão “boas possibilidades de “podermos ter mais dimensão”.
Sobre a GEA, sublinhou que, pelos trabalhos a que tinha assistido no dia reservados às agências que integram o grupo “pareceu-me [haver] uma estratégia bem construída e capacidade de execução e é importante que estas duas coisas venham juntas porque capacidade de execução sem estratégia, é puro cansaço e estratégia sem capacidade de execução é puro diletantismo”. As duas juntas “podem ser a porta do sucesso”, considerou.