“O ano de 2023 foi muito bom, foi o nosso melhor ano de sempre” revelou Cláudia Duarte da Bestravel Coimbra
Abriu a sua agência de viagens em 2007 sem grande experiência no setor, daí que a opção pelo franchising e pela marca Bestravel tenha sido a melhor escolha para entrar neste mercado das viagens. Chama-se Cláudia Duarte, está à frente da Bestravel Coimbra e a Convenção da marca é, na sua opinião, “uma oportunidade de estarmos todos juntos, e vale pelo conteúdo que daqui retiramos e pela relação com os nossos fornecedores”.
Há quantos anos é agente de viagens?
Abrimos a nossa agência em 2007, mas já tínhamos tomado esta decisão no final de 2006. Eu integrei logo a equipa, sem grande experiência, mas arranjámos uma equipa com um outro elemento e, posteriormente, fizemos a contratação de um terceiro elemento. Abrimos com o apoio da Gecontur, empresa que detém a marca Bestravel.
Eu trabalhava à época numa Câmara Municipal na área da Cultura, nada tinha a ver com este ramo das viagens, mas a verdade é que esta é uma área de que se aprende a gostar muito facilmente. O contacto com o cliente é algo que tem de se saber trabalhar, e isso vai-se adquirindo ao longo dos anos. Inicialmente temos de adquirir conhecimento do negócio em si e do que é o produto, mas também a parte comercial e a relação que se cria com o cliente é muito positiva.
Depois da escolha inicial de abrir uma agência de viagens, houve uma segunda escolha que foi ser a Bestravel em Coimbra. Porquê a opção de uma empresa de franchising?
Quando iniciámos o processo de abrir uma agência de viagens fizemos uma pesquisa de mercado e dada a minha inexperiência e do meu sócio no ramo, pensámos que nos devíamos aliar a alguém que nos trouxesse essa mais-valia e dentro daquilo que encontrámos no mercado na altura, a Bestravel era a que melhor se integrava naquilo que pretendíamos para adquirir conhecimento.
“(…) tem muito a ver com o facto de em momentos complicados estar sempre ali alguém que te dá o apoio e já estão a pensar nisso e aceitam as nossas sugestões”
Estar dentro de uma empresa como a Gecontur dá-lhe hipótese de melhorias de formação e apoio técnico?
Exatamente, tem muito a ver com o facto de em momentos complicados estar sempre ali alguém que te dá o apoio e já estão a pensar nisso e aceitam as nossas sugestões. É algo muito importante, porque estão a ouvir as nossas dúvidas, as nossas queixas e tentam sempre ajudar.
A pandemia foi uma fase muito difícil, foi também um obstáculo muito importante nas nossas vidas, teve um aspeto muito negativo, mas também positivo, em que percebemos que não estávamos sozinhos. Houve aqui muitos dilemas, questionámos, houve mesmo alguma revolta, estávamos com os nervos á flor da pele, mas conseguimos e cá estamos. Senti-me acompanhada, mas percebi que a Gecontur também teve de refazer o seu apoio e a partir daí percebemos que houve uma tentativa de melhorar as nossas ferramentas, para ficarmos mais fortes para situações como estas que ninguém estava a contar.
Uma das evoluções que a Gecontur tem, e a Bestravel, é a de dar cada vez mais ênfase à marca. Para vocês, estando em Coimbra, isso é importante?
É, chegam-nos muitos clientes pela marca. Nós não temos uma agência de muito público a entrar, mas temos o hábito de questionar os nossos clientes que muitas vezes nos chegam através do telefone ou e-mail, sobre o porquê de nos contactarem. E eles respondem que já fizeram uma pesquisa pela Internet e que já avaliaram a marca antes de chegarem a nós. E aí temos de pensar que a marca está lá. Obviamente, que a marca não vai fazer tudo e isso foi aqui referido nesta Convenção. Somos nós que também fazemos a marca, não tenho dúvida disso. Às vezes basta que alguma agência não se integre bem na marca para desfazer um pouco o trabalho que se faz diariamente para a marca. Tem de ser algo que nos preocupe a todos e que esteja nas nossas defesas e presente no nosso dia-a-dia. E a marca, sem dúvida, está cada vez mais posicionada no mercado.
“As convenções têm dois aspetos muito importante para nós. Primeiro porque só acontece uma vez por ano – penso que era impensável não haver uma Convenção, porque é uma oportunidade de estarmos todos juntos e nos conhecermos melhor…“
Que importância dá a estas convenções?
As convenções têm dois aspetos muito importante para nós. Primeiro porque só acontecem uma vez por ano – penso que era impensável não haver uma Convenção, porque é uma oportunidade de estarmos todos juntos e nos conhecermos melhor. Depois é o conteúdo que se retira daqui e a relação com os nossos fornecedores – e notamos que os operadores também falam da nossa Convenção de uma forma mais carinhosa, talvez por essa relação que existe.
Este ano tivemos menos números, penso que colocarem ali os números acaba por fragilizar uns ou outros e não é o mais importante, o que é mais importante é o conjunto, percebermos que estamos a caminhar para algum lado e aqui são dadas algumas diretrizes para o ano que temos pela frente.
O ano passado foi um bom ano de vendas para as agências e a vossa não deve ter sido exceção. E este ano, como está a ser o arranque?
O ano de 2023 foi muito bom, foi o nosso melhor ano de sempre, não tenho dúvida, trabalhámos muito. Sentimos uma falha, sentimos que o mercado tem falta de pessoas especializadas. A pandemia retirou muitos colaboradores do mercado, muitos agentes de turismo. e atualmente não é fácil fazer crescer a equipa. É algo que já temos vindo a fazer, mas não está a ser fácil.
Quanto ao não de 2024, perspetivamos que seja idêntico ao ano passado, pelo menos o arranque já está a ser, há muita procura. Nota-se que o próprio mercado já pensa dessa forma, os operadores já lançam a sua oferta com muita antecedência e essa antecedência faz-nos ir também na onda e pensar que afinal não sou só eu que estou a pensar isto, há mais quem pense.