“O agente de viagens está do lado certo do mundo”, afirma Pedro Costa Ferreira
A APAVT assinalou esta terça-feira, em conjunto com os seus associados e parceiros, o Dia do Agente de Viagens que se celebra em Portugal no próximo dia 30 de maio, pela primeira vez. O evento contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, do presidente da CTP, Francisco Calheiros, entre outras personalidades.
“Nós estamos aqui para assinalar o dia da tribo dos agentes de viagens”, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, também ele agente de viagens, começou por falar da “dimensão económica desta tribo” que é a da distribuição turística, sector que, em números atualizados, “para efeitos diretos, indiretos e induzidos ”tem um “impacto de 5,8 milhões de euros na economia”, o que, sublinhou Pedro Costa Ferreira, “corresponde a 2,4% do PIB”. “Para quem não ficou muito impressionado, corresponde, em termos de valor acrescentado bruto, a 16 Auto Europas”, explicou.
Formado por micro e pequenas empresas, que “juntas têm uma dimensão fantástica, também por causa da transversalidade do turismo, da nossa posição na cadeia de valor e pelo efeito multiplicador do setor”, a distribuição turística é responsável pela criação de 126 mil postos de trabalho, que são 2,3% do total”.
Para além disso, continuou o presidente da APAVT, tem também um impacto no rendimento das famílias, de 3,9 mil milhões, que são 3,5% do total nacional.
“É uma dimensão económica muito maior do que possamos pensar quando olhamos apenas para a nossa rua, onde temos a nossa agência. Somos pequenos, mas somos uma teia fantástica, muito importante e que tanto tem dado pelo turismo português e pela economia nacional”, declarou Pedro Costa Ferreira.
O presidente da APAVT falou também de outra dimensão que tem a ver com a relação dos agentes de viagens com os seus clientes: “Nós temos uma ligação única ao cliente. Na pandemia salvámos os nossos clientes e aqueles que não eram nossos clientes. Fomos nós que os repatriámos a todos. E depois também fomos nós, agentes de viagens, que começámos a ligar os destinos turísticos aos passageiros na retoma da economia. Fomos os primeiros que tivemos a abrir os aeroportos e fomos certamente os responsáveis por tanta recuperação económica”, recordou.
Citou ainda uma terceira dimensão que considerou “a mais importante de todas”, o facto de o agente de viagens estar “do lado certo do mundo”. “Nós trabalhamos sobre o amor às diferenças, contribuindo para um mundo mais tolerante, que inclui todos e que todos une. É esta tribo que trabalha todos os dias para um mundo melhor, que hoje festejamos”, concluiu.