Nuno Anjos: “O nosso objetivo é crescer em número de agências que trabalham com o Viajar Tours”

Em 2023, o operador turístico Viajar Tours quer estar ainda mais próximo dos agentes de viagens e vai fazê-lo de vários modos, sendo um deles o regresso às já anunciadas ações de formação presenciais. Na programação, a grande novidade é a operação para Olbia, na Sardenha, à partida do Porto, como frisou ao Turisver o diretor comercial do operador, Nuno Anjos.
Quais são as diferenças, na vossa programação de risco, face a 2022?
Uma das diferenças reside no voo para a Sardenha / Olbia, que representa o retomar de uma operação já antiga, desta feita à partida do Porto, porque não conseguimos arranjar slots em Lisboa. Os voos saem do Porto às segundas feiras, de 19 de junho a 11 de setembro, às 13h40, o que dá para sair de manhã de outras zonas do país, nomeadamente de Lisboa, e apanhar este voo. De regresso, os voos chegam ao Porto às 19h50. Os voos são na Air Horizont, em avião de 160 lugares.
Porquê a Sardenha do norte?
Primeiro, porque é uma zona muito mais exclusiva, depois porque já existiam ligações aéreas para o sul da ilha, concretamente para Cagliari, e aquilo que está no ADN do Viajar Tours é procurar sempre a diferenciação e através da Costa Esmeralda conseguimos continuar fiéis àquilo que é o nosso ADN.
Há mais alterações face ao ano passado?
Nesta altura, esta é a grande novidade. Hoje em dia, face à situação do aeroporto de Lisboa, pode considerar-se que continuarmos a ter o voo para Creta à partida de Lisboa foi uma vitória suada. Os voos para Creta são aos domingos, com avião da companhia aérea Aegean e saem de Lisboa às 21h45, chegando ao destino às 04h00, mas os quartos estão protegidos. Os clientes quando chegam têm logo o seu quarto disponível e no regresso, os clientes podem ainda aproveitar o almoço no hotel, tendo o regime de Tudo Incluído, ou o regime que escolherem, até à hora de saída do hotel que deve ser em torno das 15h00 já que o voo está marcado para as 18h25.
As restantes operações charter são para fora da Europa, concretamente para o norte de África?
No norte de África temos Saidia, com voos aos sábados, à partida de Lisboa e do Porto, em voos da companhia Air Horizont com 168 lugares. A operação é dividida com a Solférias.
Para Djerba estamos numa pool com a Solférias e a Sonhando, em que temos um voo de Lisboa e dois do Porto, sendo que um dos voos do Porto é o reforço de verão, a que se soma também um voo para Monastir, à partida do Porto. Tanto para Djerba como para Monastir, as operações são feitas em voos da companhia Nouvelair, com capacidade para 168 passageiros.
Os voos para Djerba saem aos sábados, tanto do Porto como de Lisboa, à exceção do voo extra que sai à sexta feira. Para Monastir as partidas são às segundas feiras.
Eventualmente, esta operação para a Tunísia pode vir ainda a ser aumentada com mais um voo à partida de Lisboa.
Voos regulares reforçam a oferta charter da Viajar Tours
Apostas em firme nos voos regulares, o que é que têm para este verão?
Os voos regulares são um acréscimo à nossa oferta charter e dentro do regular continuamos a olhar muito para a Grécia e a Turquia.
Para a Grécia temos lugares em voos da Aegean, principalmente, uma vez que tem ligações diretas tanto de Lisboa como do Porto a Atenas e através de Atenas fazemos a ligação a diversas ilhas gregas, nomeadamente Mikonos e Santorini, mas queremos em breve abrir novas ilhas. A Grécia continua a ser um produto em que temos uma boa notoriedade no mercado e por isso vamos continuar a apostar.
Na Turquia continuamos a estar de mãos dadas com a Turkish Airlines e olhamos não só para Istambul mas também para a Capadócia, Antália e Bodrum como destinos privilegiados dentro do próprio destino Turquia, em combinados com Istambul.
Estes voos regulares, tanto no caso da Grécia como da Turquia, tornam-se competitivos em termos de preço?
Até certo ponto sim, pode ser um produto competitivo, com a vantagem de serem voos diretos. No caso da Grécia há até a comodidade de voar diretamente para as ilhas sem passar por Atenas, mas claro que existe uma diferenciação de preço relativamente aos voos charter.
Apostamos ainda nos voos regulares da TAP para as ilhas espanholas, com Tenerife, Ibiza e Las Palmas, e as Caraíbas, concretamente para o México porque a República Dominicana temos estado a fazer com a Air Europa, via Madrid, uma vez que a TAP deixou de voar para Punta Cana.
Outra aposta em termos dos voos da TAP é o Brasil, um destino para onde tem vindo a existir um crescendo de procura.
Têm sentido que existe hoje uma maior notoriedade do Viajar Tours dentro do mercado?
O Viajar Tours tem vindo a subir no que toca ao número de agências que fazem reservas connosco e também na média de faturação por agência. Temos conseguido aumentar a nossa quota de mercado, o que se deve em grande parte ao serviço que prestamos às agências e à disponibilidade que o nosso booking tem para lhes dar resposta.
As conversações com agrupamentos e com agências estão bem encaminhadas?
Já não existem grandes segredos naquilo que é o acordo comercial a fechar com algum agrupamento ou com alguma agência. As coisas já se fazem de uma forma natural, indo ao encontro do que são os interesses de ambas as empresas.
Tem havido grandes pressões para fazerem preços especiais para aquilo que vai ser a venda direta na BTL?
Existem alguns agrupamentos que já estão a solicitar-nos campanhas específicas mas são as pressões normais, que acontecem todos os anos, uma vez que as agências não querem deixar de oferecer os melhores preços aos seus clientes durante a feira.
Operador vai apostar numa maior proximidade com os agentes de viagens
O Viajar Tours anunciou há pouco tempo que vai regressar às formações presenciais, um formato que foi interrompido durante a pandemia.
As nossas últimas formações presenciais aconteceram em 2020, num momento em que estavam a surgir as primeiras notícias sobre o aparecimento da pandemia e havia uma grande apreensão mas também de vender e de querer que tudo passasse rapidamente. Infelizmente esse desejo não se concretizou, o mundo fechou-se e desde aí que não voltámos a ter formações presenciais.
Este ano vamos voltar à estrada, vamos fazer 16 cidades de norte a sul e estamos mesmo a planear fazer formações noutros pontos do país um pouco mais tarde.
Para nós é muito bom voltarmos a fazer este tipo de ações e por aquilo que tem sido o número de inscrições as próprias agências também já ansiavam por ter estas formações.
Vão também estar presentes em roadshows e nas convenções dos agrupamentos e das agências, o que é um clássico, e vão estar na BTL no stand da APAVT?
É verdade. Vamos estar na BTL nos dias dos profissionais, deixando os dias abertos ao público para as agências de viagens, com as quais nós pretendemos continuar a marcar a diferença, não apenas no que toca ao produto mas também ao nível do serviço que lhes podemos prestar e aos seus clientes.
Quais são os objetivos traçados para este ano, nomeadamente no que toca à faturação?
Nós estamos a ter um aumento de cerca de 30% na oferta de lugares em voos charter pelo que poderia presumir-se que o nosso aumento de faturação andaria por aí, no entanto, o nosso objetivo é crescer em número de agências que trabalham com o Viajar Tours, garantindo que existe um aumento de notoriedade do Viajar Tours no mercado e um reconhecimento, por parte das agências, dessa mesma notoriedade.