Número de hóspedes e dormidas em 2024 nos alojamentos turísticos com novos máximos históricos

Está ultrapassada a fasquia dos 30 milhões de turistas de que tanto se foi falando o ano passado: 2024 trouxe 31,6 milhões de hóspedes, responsáveis por 80,3 milhões de dormidas – outro recorde. Os mercados internacionais foram preponderantes e EUA e Canadá o que mais cresceram.
Dados ainda preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados no último dia de Janeiro, mostram que em 2024, os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 31,6 milhões de hóspedes (+5,2 em termos homólogos; +13,2% em 2923) que realizaram um total de 80,3 milhões de dormidas (+4,0%, comparativamente ao ano passado; +10,7% em 2023).
As dormidas dos mercados externos foram predominantes, tendo correspondido a 70,3% do total, tendo-se cifrado em 56,4 milhões (+4,8% do que no ano anterior). Já o mercado interno contribuiu com 23,9 milhões de dormidas (+2,4%).
“Face a 2023, acentuou-se a dependência dos mercados externos (69,8% em 2023), atingindo-se o peso mais elevado desde 2018, quando estes mercados representaram 70,4% do total”, frisa o INE.
O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2024, representando 18,1% das dormidas de não residentes (+2,7%). Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total), espanhol (quota de 9,7%), norte americano (9,2%) e francês (8,0%). Entre os 10 principais mercados emissores em 2024, os maiores crescimentos registaram-se nos mercados canadiano e norte americano (+17,1% e +12,1%, respetivamente).
No conjunto do ano de 2024, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+9,3%), no Norte (+6,4%) e na Península de Setúbal (+6,1%).
O Algarve concentrou 25,8% do total das dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (24,2% do total) e o Norte (17,6%). O principal destino em termos de dormidas dos residentes foi o Norte (21,8% do total das dormidas de residentes), seguido do Algarve (19,6% do total), da Grande Lisboa (14,6% do total) e do Centro (14,5% do total). As dormidas de não residentes concentraram-se, essencialmente, no Algarve (28,5% do total de dormidas de não residentes) e na Grande Lisboa (28,3% do total).
No Centro e no Alentejo predominaram as dormidas de residentes (67,1% e 66,5%, respetivamente), enquanto nas restantes regiões as dormidas de não residentes foram dominantes.
Na globalidade do ano de 2024, a taxa líquida de ocupação-quarto registou um ligeiro acréscimo de 0,3 p.p. e a taxa líquida de ocupação-cama foi idêntica à do ano anterior.