Novo Aeroporto: Há duas localizações “viáveis” mas Alcochete parte à frente
Alcochete e Vendas Novas são as duas localizações consideradas viáveis pela CTI para um novo aeroporto, primeiro na versão “Portela + 1”, depois como infraestrutura única. Ainda assim, a CTP identificou Alcochete como sendo a solução mais vantajosa. A partir de quarta-feira, o relatório estará em consulta pública.
Apresentado esta terça-feira, o relatório preliminar da Comissão Técnica Independente (CTI) que estudou um total de nove localizações, apenas considerou como viáveis as soluções de Alcochete e Vendas Novas.
Em ambos os casos a opção passa por ter primeiro a conjugação de dois aeroportos (Portela + Alcochete ou Portela + Vendas Novas) para que depois o aeroporto Humberto Delgado seja desativado, ficando apenas em operação Alcochete ou Vendas Novas, dependendo da solução aprovada pelo governo. Também em ambos os casos, a CTP considera que o encerramento da Portela só deverá acontecer quando na localização escolhida estejam a funcionar, no mínimo, duas pistas.
Apesar de apontar para duas opções de localização, a solução Alcochete foi apontada pela CTP como sendo a que apresenta mais vantagens.
Rosário Partidário, presidente da CTI, afirmou na apresentação do relatório que a estratégia a seguir terá que passar sempre por “uma opção dual com um aeroporto complementar desejavelmente no local onde depois possa vir a tornar-se aeroporto único”, porque “um ‘hub’ intercontinental funciona melhor em aeroporto único”.
Defendendo, a desativação da Portela, a presidente da CTI avançou que “a conclusão que se tira do ponto de vista estritamente ambiental e de saúde pública é que o Aeroporto Humberto Delgado deve fechar, mas também é facto que a rentabilidade é um ativo financeiro fortíssimo, portanto fica aqui uma situação em que diríamos que depende do que for a evolução futura”, sublinhou.
A CTI referiu também na apresentação do relatório, que as opções Humberto Delgado + Montijo e Montijo como ‘hub’ são “inviáveis para um ‘hub’ intercontinental”, por razões aeronáuticas, ambientais e económico-financeiras “devido à sua capacidade limitada para expandir a conectividade aérea”. Por outro lado, Humberto Delgado + Santarém e Santarém como aeroporto único “não são opção por razões aeronáuticas”.
O relatório entra esta quarta-feira em consulta pública durante 30 dias úteis, ou seja, até 19 de Janeiro de 2024.