Novidade em 2023 Viagens Tempo vai alargar o leque das viagens em grupo exclusivas, avança Ricardo Gordo

Há 29 anos no mercado e com um produto baseado nos voos regulares e nos ‘fatos à medida’, a Viagens Tempo estreou-se este ano no segmento das viagens em grupo exclusivas, produto em que quer continuar a apostar, introduzindo mais destinos, segundo disse ao Turisver o diretor do operador, Ricardo Gordo.
A programação da Viagens Tempo para este ano, incide em que destinos?
A nossa programação é bastante abrangente, temos programação para todos os continentes. Temos uma parte de circuitos europeus e depois temos tudo o que são as Grandes Viagens, como é o caso do Japão, mas o facto de a Ásia estar de novo aberta, fez aumentar de imediato o leque de destinos disponíveis naquela região do globo. Além disso programamos a América do Norte e do Sul e temos os safaris que também têm tido muita procura. Também temos muita programação nova para o Egito e para a Turquia e temos as praias do Índico, para onde a procura tem aumentado muito desde a pandemia, como as Maldivas, Maurícia, Seychelles…
Mas também têm produtos com datas de partidas fixas?
Uma aposta nova que fizemos este ano foi a de começarmos a lançar partidas especiais de Portugal para viagens em grupo com acompanhamento de um guia das Viagens Tempo durante toda a viagem e, nesse sentido, já lançámos o Japão e o Vietname mas contamos vir a lançar ainda mais destinos. Nestas viagens estamos a apostar em incluir todas as refeições e visitas, ou seja, trata-se de produtos ‘chave na mão’ sem opcionais que encarecem o produto.
Para a Europa, naquilo que se denomina por ‘fato à medida’ fazem qualquer destino?
Não. Na Europa, à exceção da Croácia e da Grécia, não fazemos ‘fato à medida’, fazemos apenas circuitos organizados porque consideramos que isso não se justifica dada a oferta tão alargada de circuitos que temos. O caso da Grécia é diferente porque é um destino mais específico devido às estadias nas ilhas e às luas de mel.
Este ano foi lançado um charter para Zanzibar. Isso toca de alguma forma na vossa programação para as praias do Índico?
Não porque o charter é um produto diferente que não está no nosso ADN. Não significa isso que no futuro não possamos seguir também esse caminho mas já estamos há 29 anos no mercado e nunca lançámos produtos em charter. Não está nos nossos planos fazê-lo num futuro próximo mas nunca dizemos que não.
O charter é um produto diferente do nosso. Nós continuamos a vender Zanzibar em voo regular porque há clientes para charter e outros que procuram uma maior flexibilidade que esse tipo de operação não permite. Por isso até considero que, por um lado, o facto de haver um charter para Zanzibar dá mais visibilidade ao destino e acaba por facilitar as vendas em todos os quadrantes.
A Viagens Tempo tem na sua programação combinados entre Zanzibar e a Tanzânia?
Nós também temos estadias em Zanzibar mas fundamentalmente combinamos o safari, seja na Tanzânia seja no Quénia, com três ou quatro noites em Zanzibar no final da viagem.
Aproveitar o bom momento mas com cautelas
Está de alguma forma surpreendido com o volume de vendas que dizem estar a registar-se este ano?
Mais do que dizer, acho que é uma realidade. Neste momento está realmente a registar-se um ‘boom’ de vendas e estou surpreendido. Estamos todos a viver um momento de ouro que abrange todo o setor, o que é muito bom porque viemos de uma altura difícil mas também acho que devemos viver este momento com alguma expectativa e com alguma contenção. Não estamos numa altura para se fazerem grandes ‘voos’ até que possamos ter uma maior estabilidade, até porque momentos como estes trazem por vezes alguma instabilidade no futuro, por isso temos que aproveitar o momento mas com cautela.
Para se comprar uma viagem nas Viagens Tempo não se podia chegar à BTL e fazer uma reserva com 50€, que é o que está a ser muito utilizado?
Não. Nós procuramos ser transparentes e para fazer uma reserva connosco o que exigimos sempre é o valor da emissão da parte aérea – nem mais nem menos. Não são 50 nem 100€, é o valor da emissão do bilhete aéreo, só isso garante a reserva e é este o único sinal que pedimos, depois o resto do pagamento é feito antes da viagem.
A Viagens Tempo sempre esteve muito próxima dos agentes de viagens mas nos últimos tempos o que se nota é que estão cada vez mais presentes, nomeadamente nas convenções… É assim?
Nós somos uma empresa familiar e sempre nos pautámos por termos um ‘profile’ não muito alto, o que não significa que não gostemos de aparecer e fico contente com essa avaliação que faz de estarmos próximos dos agentes de viagens porque essa é a mensagem que queremos passar. Quero que todos os agentes de viagens sintam que estamos junto deles, que todos tenham o meu número de telefone porque eu estarei sempre disponível para resolver qualquer problema e encontrar soluções.
Obviamente venderão mais para viagens na época de verão que é quando a maioria dos portugueses tem férias mas têm programação ao longo de todo o ano…
Temos programação o ano inteiro e cada vez mais a sazonalidade está a esbater-se. Temos tentado sempre criar cada vez mais destinos exatamente para que a sazonalidade se esbata, porque esse é um problema que existe no nosso negócio. Se queremos ter trabalho todo o ano temos que ter também destinos para todo o ano.
Já teve que corrigir o seu orçamento para 2023?
Não porque prefiro não corrigir e atingir os objetivos. O primeiro passo é atingir o objetivo que foi traçado o ano passado, depois se os resultados forem melhores, no final do ano fazem-se as contas.