“Nós não somos competidores, somos complementares”, salienta Carla Salsinha referindo-se às regiões de turismo

A Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa vai ao ‘Vê Portugal’ mostrar que é muito mais do que a cosmopolita Lisboa, a praia de Cascais ou o património cultural de Sintra. Por isso Carla Salsinha, presidente da ERT. escolheu destacar o Turismo de Natureza, produto de que se falará num painel que a responsável irá moderar.
No último dia do Fórum ‘Vê Portugal’, 4 de junho, os trabalhos iniciam-se às 9h30com o painel “Turismo de Natureza na Região de Lisboa“, organizado pela ERT Região de Lisboa, com a presidente da Entidade, Carla Salsinha, a moderar um painel que apresenta o turismo de natureza como um dos pilares emergentes da oferta turística desta região.
Na apresentação que foi realizada em Lisboa, Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, começou por referir que as ERTs são organismos “muito reivindicativos e muito unidos”, algo que considerou ser “importante” pois as várias regiões devem ser complementares: “Nós não somos competidores, somos complementares, porque quem visita uma região, visita seguramente a outra”, justificou.
Considerando “muito significativo” que as várias ERTs estejam presentes num fórum onde é o turismo interno que vai estar em debate, a responsável disse que, Lisboa é muito mais do que uma cidade cosmopolita e muito mais do que Cascais, Oeiras e Sintra. “Nós somos muito mais do que isso. Não temos a força do enoturismo que o Norte já tem, ou a natureza espelhada no Alentejo, no Centro ou no Algarve, mas também temos turismo de natureza”, um produto para o qual, afirmou “temos sido espicaçados pelo Turismo de Portugal”.
É, assim, sobre o turismo de natureza na região de Lisboa que vai incidir este painel, para o qual Carla Salsinha convidou “três pessoas que estão em áreas completamente diferentes e que estão a ter um trabalho notável, naquilo que nós queremos desenvolver”.
Um dos oradores será, então, Carlos Pais, presidente da Tapada de Mafra que, segundo afirmou Carla Salsinha, “tem feito um trabalho notável na recuperação e nas visitas que hoje são feitas, não só à própria Tapada, mas captando eventos que já estão a ser feitos neste espaço”. Entre estes conta-se, em maio, uma série de eventos noturnos que vão permitir visitar a Tapada de Mafra à noite, exemplificou.
“… a região de Lisboa tem “uma das maiores frentes ribeirinhas, que é o Tejo, mas ao longo desta frente temos várias entidades que têm a tutela e tem sido difícil começar a divulgar e promover este produto, que é, talvez, o produto mais essencial que temos”
Falar de turismo de natureza em Lisboa sem falar do Tejo, é impossível, por isso a presidente da ERT convidou também para o painel Rui Rosado, presidente da Associação Marinha do Tejo, um “apaixonado” pelo rio e “um dos impulsionadores da recuperação e reconstrução dos barcos tradicionais”, sublinhou a presidente da ERT, explicando que a região de Lisboa tem “uma das maiores frentes ribeirinhas, que é o Tejo, mas ao longo desta frente temos várias entidades que têm a tutela e tem sido difícil começar a divulgar e promover este produto, que é, talvez, o produto mais essencial que temos”.
O painel contará ainda com Sandra Paiva, a coordenadora do Evoa – Espaço de Visitação e Observação de Aves, que tem um conjunto de outros projetos ligados à natureza.
A terminar, Carla Salsinha reforçou que “Lisboa não é conhecida pela natureza, todos nos veem pela Torre do Belém, pelo Mosteiro dos Jerónimos, por tudo e mais alguma coisa, pela Náutica talvez, mas não pela natureza e nós estamos a trabalhar nisso, queremos mostrar, a nível nacional e internacional, que a nossa região também tem mais para oferecer do que os produtos a que estão habituados”.