Negócios na área das viagens e turismo continuam em queda face a 2022

De Janeiro até outubro, a atividade global de negócios do setor das viagens e turismo caiu 31,8% em relação ao mesmo período de 2022, constatou a GlobalData. De referir que o arrefecimento ao nível dos negócios tem sido uma constante desde o início do ano.
De acordo com os dados publicados esta sexta-feira pela GlobalData, de Janeiro até outubro, foram anunciados apenas 621 negócios (compreendendo fusões e aquisições, private equity e acordos de financiamento de risco) na globalidade do sector das viagens e turismo. Este número representa um declínio de 31,8% em comparação com os 911 negócios anunciados durante o mesmo período do ano anterior.
A empresa de análise de dados adianta que todos os tipos de negócios cobertos apresentaram uma descida homóloga. Por exemplo, o volume de negócios de fusões e aquisições (M&A) diminuiu 34,2% durante os primeiros 10meses deste ano em comparação com o período homólogo do ano passado. Enquanto isso, o número de negócios de private equity e acordos de financiamento de risco anunciados durante o período em análise, caiu em 32,1% e 24% ano a ano (YoY), respetivamente.
“As guerras em curso, as tensões geopolíticas e as condições económicas incertas impactaram consideravelmente a atividade de negócios no setor de viagens e turismo em 2023”, comentou, a propósito, o analista-chefe da GlobalData, Aurojyoti Bose.
Todas as regiões experimentaram reveses nas atividades de negócios. O volume de negócios para a América do Norte diminuiu 42,9%, enquanto na Europa desceu 36,5%. Na Ásia-Pacífico, a quebra foi de 11,7%; no Médio Oriente e África atingiu os 22,9% e na América do Sul e Central, a queda no volume de negócios efetuados no setor apresentou uma descida de 40%.
De acordo com a GlobalData, a atividade comercial entre os meses de Janeiro e agosto deste ano também permaneceu moderada na maioria dos principais mercados globais, como nos casos dos EUA (-43,7%); Reino Unido (-33,6%); Japão (-46,8%); França (-18,5%), Espanha (-57,6%) e os Países Baixos (-27,8%).