Ministro do Turismo do Brasil “mete os pés pelas mãos”
A meio do mês de fevereiro, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez uma viagem oficial à Rússia. Nessa visita ao Kremlin, ao lado de Putin, declarou-se solidário com a Rússia, uma declaração mal vista pelo mundo ocidental, em especial pelos Estados Unidos da América.
No dia 15 de fevereiro, e nos dias anteriores, já os americanos anunciavam que Putin se preparava para dar a ordem de invasão da Ucrânia. Os russos fazem então o seu primeiro ato de desinformação desta trágica crueldade: enviam imagens impressivas para as televisões internacionais e anunciam a retirada das tropas.
Foi então que, para justificar ao povo brasileiro a visita de Bolsonaro à Rússia em período de pré guerra, o ministro do Turismo do Brasil, Gilson Machado, declarou à imprensa que “o Brasil é um país historicamente conciliador. Sempre tivemos grandes exemplos de grandes diplomacias por outros presidentes, de problemas mundiais que conseguimos resolver. E foi um momento em que o presidente chegou lá e levou uma mensagem de paz para o presidente Putin. Graças a Deus, já foram retiradas as tropas e não se fala mais em guerra”, disse.
Passado cerca de uma semana a Rússia invade a Ucrânia da forma que todos, em todo o mundo, podem assistir diariamente. Perante a nova realidade, Gilson Machado resolve
ir de novo ao encontro da imprensa para declarar: “Que ele (Bolsonaro) levou uma mensagem de paz, ele levou. Mas depende do Putin se vai ouvir ou não. O mundo inteiro pediu paz”, afirmou o ministro no dia 24 de fevereiro à coluna Painel da Folha de S. Paulo.