Miguel Quintas quer stakeholders do turismo a serem ouvidos sobre a privatização da TAP e da Azores Airlines
Na intervenção proferida na abertura da 20ª Convenção da Airmet, em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, Miguel Quintas referiu-se à TAP e à Azores Airlines como players incontornáveis do sector. Por isso enfatizou que todos os stakeholders do turismo, incluindo os agentes de viagens, devem ser ouvidos no âmbito destes processos de privatização.
Para o chairman da Airmet, “a TAP tem uma vantagem grande para nós, portugueses, que é o hub de Lisboa. É um ativo conquistado a custo, ele está cá, e nós gostaríamos muito que este ativo se mantivesse em Portugal” disse, frisando que “também gostaríamos muito de ver uma TAP privatizada, eficiente, que nos permita aumentar as opções de destinos, que nos permita vender mais TAP, mas também que permita garantir que os nossos clientes sejam bem servidos”.
Por isso, disse ser “fundamental que ela [a privatização da TAP] aconteça com o apoio dos stakeholders do nosso setor”.
Já sobre a privatização da Azores Airlines, que se encontra parada, afirmou que “é necessário finalizá-la até ao ano de 2025. Eu desejo que o processo inicie rapidamente” porque “precisamos de uma SATA forte, uma SATA que faça a ligação dos Açores, não só ao nosso continente, mas também a outros continentes, nomeadamente a América do Norte”.
“Uma SATA forte permite que nós, agentes de viagens, consigamos ter mais destinos, conseguimos vender mais para os nossos clientes, conseguimos também trazer para Portugal, Açores incluído, mais clientes”, defendeu.
Já a concluir este tema, frisou: “A SATA é um player incontornável deste setor, a TAP é naturalmente pela sua dimensão um player incontornável ainda maior, mas eu faço votos que, pelo menos, os stakeholders deste setor, incluindo os agentes de viagens, sejam ouvidos, naquilo que são as suas necessidades, e no fundo as necessidades das próprias companhias, porque somos nós que enviamos perto de 40% dos clientes para as companhias aéreas”.
Antes de terminar, o chairman da Airmet chamou ainda a atenção para os resultados de um estudo recente da ABTA, segundo o qual, no mercado britânico “há um crescimento de 38% na procura das agências de viagens por parte dos clientes finais”. Este aumento da procura das agências de viagens, afirmou, leva a concluir que “as pessoas confiam nas agências de viagens, confiam nos profissionais das agências de viagens” e que estes são “muito bons” na “relação pessoal que existe com o cliente final”.
“O estudo não engana, são 38% de crescimento no acesso às agências de viagens na Inglaterra, e eu tenho a certeza que em Portugal têm sentido isso também”, concluiu.
O Turisver viajou para os Açores a convite da Airmet