Mercado das Viagens negoceia entrada na Airventure até ao final do mês
No final da IV Convenção do Mercado das Viagens, administradores e diretor-geral assumiram que está a ser negociada a entrada no novo Grupo Airventure. A decisão deverá ser conhecida no final do mês estando dependente de a Airventure concordar com uma exigência da rede.
A propósito do anúncio da contratação de uma pessoa ligada à aviação para integrar a equipa, Adriano Portugal adiantou que o Mercado das Vagens está agora a “tomar uma decisão relativamente à entrada num projeto de aviação que é conhecido do trade”.
À pergunta do Turisver sobre se esse projeto é a integração na recém-criada Airventure, Adriano Portugal admitiu que se trata de “uma estratégia que está em cima da mesa. Há esse convite e há essa pretensão da marca mas ainda não está nada assinado”. Deixou, no entanto, bem vincado que “a marca Mercado das Viagens vai continuar a ser autónoma, ou seja, não nos vamos associar a nenhum grupo de gestão no mercado”.
Porque esta não é a filosofia do Grupo Airventure de acordo com a apresentação que foi feita em Lisboa no passado mês de dezembro, onde foi comunicado que todas as agências que integrassem o grupo passariam a ser Airmet, Adriano Portugal declarou: “A nossa condição foi esta. Se assim o entenderem, muito bem…” Isto porque, frisou, “temos uma identidade muito própria, temo-nos dado bem com ela e queremos mantê-la”.
Sobre este tema, Carlos Silva, administrador do Mercado das Viagens, comentou que “não somos contra os grupos de gestão – de forma nenhuma. Temos boas relações com todos”, com o diretor-geral a acrescentar que “há espaço para todos no mercado e tem que haver uma boa convivência porque estamos a passar momentos de grandes transformações e faz todo o sentido que se troquem experiências e ideias para que possamos evoluir todos”.
Segundo Carlos Silva, a possibilidade de virem a integrar a Airventure foi apresentada aos agentes de viagens da rede durante a Convenção como uma mais-valia para todo o grupo, aliás “só por isso é que pensámos abraçar este projeto, porque juntos somos mais fortes”, defendeu Nuno Pereira, outro dos administradores do Mercado das Viagens que, no entanto, deixou claro que “tem que haver regras que sejam aceites de um lado e do outro”.
Segundo o responsável, “o projeto que nos foi apresentado faz todo o sentido, é um projeto ambicioso e nós também somos ambiciosos, além de que somos uma marca jovem e isso conjuga-se muito com a nossa identidade”. Destacou ainda que “o que nós queremos para a marca é rentabilidade e o projeto que nos foi apresentado é só para rentabilidade”.
Por outro lado, acrescentou Adriano Portugal, a integração neste projeto “vai dar-nos uma visibilidade junto das companhias aéreas que neste momento não temos”.
Ainda assim, explicou Carlos Silva “temos que equacionar se as mais-valias e as regras que nós queremos se justificam” por isso “é um processo que está em cima da mesa” mas “até final de fevereiro deverá ser tomada uma decisão”.