Mangia’s Resorts by the Sea, a marca hoteleira que junta a experiência italiana à qualidade dos hotéis

Fundado em Palermo por Antonio Mangia, o Aeroviaggi Spa Group, detentor da marca Mangia’s Resorts & Clubs desde julho de 2021, tem um total de 13 unidades hoteleiras entre as ilhas italianas da Sicília e da Sardenha. O Turisver esteve à conversa com Nick Balzan, diretor comercial do Mangia’s para saber todas as novidades.

A comemorar o seu 50.º aniversário este ano, o grupo tem vindo a renovar alguns dos hotéis, onde se inclui o Mangia’s Santa Teresa Resort, que abriu recentemente na Sardenha, dando-lhes novas categorias e novos mercados, onde o português é uma aposta.

Como tudo começou…

Tudo começou em setembro de 1973, quando Antonio Mangia fundou a agência de viagens Aeroviaggi, tornando-se em poucos anos um dos principais operadores turísticos e DMC’s da Sicília, lançando pela primeira vez na Itália o conceito de turismo integrado com tudo incluído. A empresa continuou a progredir, aperfeiçoando o seu método de gestão direta, enquanto os primeiros sistemas de informática chegavam à sede. Mais tarde acabariam por abrir três novos escritórios em Genebra, Paris e Milão.

Já na década de 90, o grupo aposta no mercado francês e torna-se o primeiro operador charter na Sicília e na Sardenha. Em 2000, a Aeroviaggi adquire o hotel La Marmorata em Santa Teresa di Gallura, com mais de 2.500 camas.

Em 2019, Antonio Mangia morre e o grupo passa a ser gerido pela segunda geração, com Marcello Mangia como presidente e CEO. A pandemia Covid-19 vem, no entanto, alterar o modelo de negócio até então, deixando de trabalhar só com o mercado francês e abrindo-se ao mercado italiano, uma vez que só eram permitidos voos domésticos.

É também durante este período que o maior investidor de fundos a nível mundial Blackstone aborda a família Mangia com o intuito de investir no negócio. Criam então uma joint-venture e compram 75% de cinco hotéis do Grupo e 25% de uma outra unidade hoteleira. Os restantes ficam sobre a alçada total da família.

Joint-venture com Blackstone abre hotéis do grupo a novos mercados

“Depois desta joint-venture ter sido criada, a companhia decidiu abrir os hotéis a outros mercados que não só o francês. Começámos a investir em países como o Reino Unido, Alemanha, Portugal e Estados Unidos da América e decidimos criar uma marca para atrair todos estes mercados, fazendo um upgrade dos clubes italianos para mais resorts”, explica-nos Nick Balzan.

É então, que em 2021 é inaugurado o Favignana Premium Resort & Vilas, o primeiro resort de alto padrão do Grupo, no seu reposicionamento e nasce também a marca Mangia’s Resorts by the Sea.

“A nossa ambição é crescer no mercado, adquirindo mais hotéis, mas de momento queremos consolidar a nossa posição e torná-los melhores e daqui a dois anos começarmos a crescer. Comprámos um prédio no centro de Palermo que pretendemos converter em apartamentos de luxo e teremos também mais um hotel em Palermo e depois a ideia é olharmos para outras partes de Itália, Apúlia, Lago di Garda, Sorrento… Talvez num futuro teremos oportunidade de expandir a marca a outros países”, revela o diretor comercial do grupo.

“A verdade é que em termos de marca hoteleira somos muito novos e ninguém nos conhece, mas devagarinho e com a ajuda dos parceiros certos, como o operador turístico português Viajar Tours, acreditamos que teremos impacto no mercado, trazendo clientes aos nossos resorts”, remata o mesmo responsável, acrescentando: “O nosso principal foco até agora era no mercado francês, mas queremos mudar. Por exemplo, no Mangia’s Santa Teresa Resort o nosso principal mercado é o português, porque temos como parceiro o Viajar Tours. Em outros resorts, o mercado pode ser o alemão ou o britânico, mas a ideia é ter uma mescla de todos. Não queremos que os clientes sintam que existem demasiados hóspedes só de uma nacionalidade”.

Renovações e aposta na qualidade

Segundo Nick Balzan o investimento do grupo nas renovações vai continuar este ano de 2023, com duas reformulações na Sardenha (Santa Teresa di Gallura e o MClub Budoni) e uma na Sicília, o Mangia’s Brucoli que passará a cinco estrelas, com 440 quartos, num investimento de 24 milhões de euros.

“Em 2024 iremos renovar o MClub Marmorata, também em Santa Teresa di Gallura, na Sardenha, elevando a sua categoria de três para cinco estrelas. São 550 quartos, todos com vista mar, num investimento de 50 milhões de euros”, adianta o diretor comercial.

Entre as renovações das unidades hoteleiras do grupo e a joint-venture com o Blackstone está ainda a oportunidade do Grupo se abrir a outras marcas, como por exemplo no caso do Mangia’s Santa Teresa di Gallura que em breve passará a ser um Curio Collection by Hilton.

“A joint-venture com o fundo Blackstone pode abrir caminho a outras marcas como é o caso da Marriott ou da Hilton, mas mantendo sempre a marca Mangia’s Resorts by the Sea, que representa a qualidade e a experiência italiana”, explica o mesmo responsável.

“A ideia é ter estas marcas internacionais para acelerar a nossa exposição no mercado, principalmente do norte-americano que nos chega aos hotéis da Sicília”, acrescenta.

Quanto à abertura do Mangia’s Santa Teresa di Gallura, uma semana antes da nossa estadia na Sardenha, entre 3 e 10 de julho, Nick Balzan sublinha que tem “sido um verdadeiro sucesso”, e que embora os primeiros dias tenham sido de grande agitação, aos poucos a unidade hoteleira, com classificação de cinco estrelas será, na sua opinião, “uma ótima opção de qualidade/preço para quem quer visitar a Sardenha e ficar não muito longe da Costa Esmeralda”.