“Mais ação e menos promessas” foi o apelo deixado por Pedro Costa Ferreira no encerramento do Congresso da APAVT

No encerramento do congresso da APAVT, que decorreu em Ponta Delgada subordinado ao tema “Fazer!” Pedro Costa Ferreira apontou alguns dos problemas que urgem ser resolvidos, como a escassez de mão de obra, as obras no aeroporto da Portela e a fiscalidade, e destacou a resiliência dos agentes de viagens.
A encerrar o 47º Congresso da APAVT que “não podia ter corrido melhor”, Pedro Costa Ferreira começou por se referir ao tema do evento, “Fazer!”, para afirmar que com ele “quisemos naturalmente alertar para a necessidade de mais ação, e menos promessas”, para a necessidade de “fazer diferente” e, sobretudo, “não ter vergonha de nos darmos ao respeito de quem entrega, na economia portuguesa, um PRR por ano, e respeitarmos esta sólida posição de liderança, construindo uma realidade turística que integre todos os stakeholders, proporcionando ganhos a residentes, turistas, empresas e colaboradores”.
E, porque “Fazer!” era o tema do congresso, o presidente da APAVT tornou a enumerar os problemas do setor que carecem de maior urgência na resolução, a começar pela escassez de mão de obra. A propósito, afirmou que “não bastará aqui facilitar a imigração, embora todos reconheçamos que este é um primeiro passo que tem de ser dado. Porém, há que saber alojar quem vem, formar quem está disposto a viver e trabalhar no nosso País, valorizar as novas carreiras, impedir que redes de criminosos tomem conta dos processos de imigração”.
Ainda sobre o tema da mão de obra, sublinhou que “falta realizar, de acordo com os objetivos dos programas anunciados, uma vez que todos sabemos que teremos de melhorar o serviço, se quisermos manter os preços de venda ao nível dos deste ano”.
A urgência das obras no Aeroporto da Portela foi outro dos problemas enumerados, com Pedro Costa Ferreira a deixar claro que a sua resolução é “a única via de evitar que a panela de pressão em que se transformou o tema das acessibilidades aéreas, nos rebente nas mãos (…) a única via de minimizarmos as terríveis perdas decorrentes da não decisão relativamente à solução portuária lisboeta”.
O presidente da APAVT referiu-se ainda ao problema da carga fiscal, tendo afirmado que “há muito que todos exigimos uma diminuição acentuada da carga fiscal, pelo menos sobre o fator trabalho”, até porque, sublinhou, enquanto a carga fiscal sobre o trabalho não diminuir “impediremos o elevador social, afastaremos e teremos mesmo dificuldade em reter, o talento, e teremos evidentemente menos capacidade de atingir níveis de serviço compatíveis com o preço que pretendemos oferecer”.
A terminar, dirigiu-se aos agentes de viagens para salientar o “exemplo de resiliência que o sector deu durante a pandemia, e de liderança, no momento da recuperação”.
Turisver em Ponta Delgada a convite da APAVT