Lusanova quer continuar a crescer mantendo as suas características distintivas
Depois de um ano de 2022 que “superou as nossas expectativas”, para 2023 as perspetivas da Lusanova são, para já, positivas, mas o diretor de operações não quer embandeirar em arco devido à instabilidade do mercado. Ainda assim, o objetivo da empresa é continuar a crescer as se perder as suas características distintivas.
Em conferência de imprensa, na passada sexta feira, à margem do roadshow de apresentação da sua programação aos agentes de viagens, Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, começou por afirmar que “2022 superou as nossas expectativas”, tendo sido um ano de crescimento em destinos como os Açores e a Madeira e também em “alguns destinos europeus que conseguimos retomar”, embora tivesse havido “outros em que não conseguimos atingir os valores que gostaríamos”. Dois fatores justificam o não crescimento nestes destinos: a não abertura de alguns deles que estavam ainda a sair da pandemia, caso dos “Grandes Destinos” e noutros casos devido à guerra na Ucrânia.
Embora a guerra se mantenha, para 2023 “estamos otimistas”, confessou Tiago Encarnação. Sublinhando que “o ano começou bem” e que as vendas já atingiram valores de 2019”, com o mês de Janeiro a ter até superado o seu homólogo da pré pandemia, o responsável precisou que “em dezembro do ano passado estava preocupado mas à data de hoje, com as perspetivas de vendas que temos até junho, estou muito otimista” e “se continuarmos assim, atingimos ou superamos mesmo os valores de 2019”.
Ainda assim Tiago Encarnação fez notar que embora até junho esteja “tudo muito bom, o mercado está muito instável”, o que torna difícil traçar perspetivas. Ou seja, “não podemos embandeirar em arco” porque sendo verdade que “o cliente português está a querer viajar, não sabemos que cenários podem ainda acontecer durante este ano, e alguns cenários podem ser muito negros”.
“Continuar a crescer mas não de qualquer maneira”
Com as perspetivas de crescimento que se abrem para este ano, o diretor de operações das Lusanova garantiu que o objetivo do operador é “continuar a crescer” mas “não de qualquer maneira”.
“Queremos manter duas características que achamos que são fundamentais”, afirmou, esclarecendo que a primeira dessas características é a de se manterem “uma empresa 100% portuguesa e 100% familiar, o que nos dá proximidade às agências de viagens”. Uma proximidade que está ligada ao serviço, manifestando-se, segundo disse, no “reforço dos nossos colaboradores ao nível do backoffice”, no aumento dos “produtos com reservas online” e também na resposta que a Lusanova continua a dar ao nível dos orçamentos à medida.
Segunda caraterística é a da competitividade dos produtos, que “está ligada à nossa vertente atlântica”, uma vez que a Lusanova está em Portugal e no Brasil, o que “dá-nos dimensão” e, por via disso, maior capacidade de negociação, apesar de a Lusanova Portugal e a Lusanova Brasil serem “duas empresas distintas”.
Questionado sobre o peso da Lusanova Brasil, Tiago Encarnação explicou que não há uma filosofia de grupo que junte Lusanova Brasil e Lusanova Portugal. Ainda assim, adiantou que “se nós somássemos tudo, o Brasil representaria quase 50% da faturação”.