Lisboa é a 5ª cidade europeia mais procurada pelos investidores hoteleiros
A conclusão é do inquérito European Hotel Investor Compass da Cushman & Wakefield que tem por base a opinião de 60 dirigentes de empresas que acumularam 18 mil milhões de euros em investimentos na hotelaria europeia entre 2019 e 2023 e com 233 milhões disponíveis para investir em 2024.
O estudo mostra que a procura dos investidores está fortemente orientada para os mercados do sul da Europa, com a Península Ibérica e a Itália a obterem as pontuações de interesse de investimento mais elevadas. “O aumento do interesse de Espanha e Portugal é particularmente significativo, registando um aumento de 17% em relação a 2022”, numa nota divulgada no site da consultora Cushman & Wakefield.
Madrid e Barcelona encabeçam a lista de cidades onde o interesse de investimento é mais forte (4, 3 pontos cada uma num total de 5 pontos possíveis) seguidas por Paris (4,1), Roma (4,0) e Lisboa (3,9 pontos).
Face a 2022, Barcelona registou o maior aumento de atratividade (+10%), seguida de Lisboa com uma subida de 8% e Madrid com um aumento de 7%.
Por regiões, a Península Ibérica é a que desperta mais interesse junto dos investidores, contabilizando um total de 4,3 pontos em 5 possíveis. Seguem-se Itália (4 pontos), França (3,7), Reino Unido e Irlanda (3,5) e Alemanha, Áustria e Suíça (3,2 pontos).
De referir que a grande maioria dos entrevistados, concretamente 78% dos investidores inquiridos, pretendem aplicar o mesmo ou mais capital em hotéis europeus este ano, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019. As oportunidades de valor acrescentado estão a ser visadas de forma agressiva, com 92% dos inquiridos centrados nesta estratégia de aquisição de ativos que requerem reposicionamento ou despesas de capital moderadas. Quase metade dos investidores planeiam ser compradores líquidos em 2024.
Há uma forte tendência para o investimento nos segmentos hoteleiros de luxo, incluindo luxo e luxo superior, que registam os maiores aumentos na procura dos investidores em relação a 2019: 53% e 46%, respetivamente.
Quando questionados sobre o nível de atratividade dos tipos de alojamento, os investidores indicaram que os mais atrativos eram os resorts (74%) e os apartamentos com serviços (59%). No polo oposto estão os hotéis de aeroporto e os que têm foco nos clientes MICE, que figura como menos atrativos do que em 2019.
As conclusões do inquérito também apontam para os investidores premium que esperam pagar por hotéis com credenciais ESG superiores. Em média, os entrevistados indicaram que esperam pagar um prémio de 5,5%, em comparação com as propriedades não certificadas, por aquelas que obtiverem o mais alto nível de certificação ESG, como as classificações BREEAM Outstanding ou LEED Platinum.