Lavanda Group tem mais duas unidades no portfólio e quer “crescer 50%” até ao final do ano, disse Raúl Ribeiro Ferreira
Marca da Monfortur, consultora na área da gestão hoteleira, o Lavanda Group dedica-se à gestão de unidades de pequena dimensão, onde o nome destas é mantido, acrescido da marca Lavanda. Recentemente, o grupo passou a gerir dois novos hotéis e o Turisver falou com o diretor-geral da empresa, Raúl Ribeiro Ferreira, para saber pormenores sobre as novas unidades e a evolução da marca.
Em abril do ano passado, o Raúl anunciava ao Turisver que o Lavanda Group estava em negociações para aumentar o número de empreendimentos hoteleiros sob sua gestão. Apresentam agora mais duas unidades …
Ficámos com a gestão de uma unidade em Alpalhão e outra em Arronches, concretamente o Monte Filipe Hotel & Spa e o Hotel Rural Santo António.
Quais são as vossas competências nestas unidades?
A dificuldades destas unidades de pequena dimensão está em conseguirem ter capacidade financeira e dimensão que lhes permita ter uma equipa técnica que lhes dê apoio à gestão não apenas em termos das práticas hoteleiras mas também na gestão em termos de revenue, de marketing digital e redes sociais, e apoio jurídico, e o que tentamos levar para dentro dessas unidades são essas valências.
Apesar de se tratar de pequenas unidades hoteleiras, e respeitando a diversidade e as especificidades de cada unidade, até porque cada uma tem os seus proprietários e a sua história, nós tentamos levar-lhes essa mais-valia. Trabalhando enquanto grupo podemos providenciar o que elas necessitam ao nível da área comercial, da gestão de preços e da própria gestão hoteleira, com a introdução de mais procedimentos e com uma melhor organização.
O Monte Filipe e o Santo António são propriedade da mesma empresa?
São propriedade da mesma família mas não da mesma empresa.
Nestes casos, a gestão do dia a dia vai continuar a ser feita pelos proprietários?
As unidades têm os seus administradores e dois diretores, escolhidos entre os proprietários e a nossa empresa, ou seja, os diretores foram propostos por nós e aceites pela administração, para que a estratégia possa ser implementada.
No caso do Monte Filipe, a pessoa escolhida faz parte da família, embora não integre a administração, o que aconteceu por coincidência, porque essa pessoa tinha competência para tal. Achamos que vai ser uma mais-valia porque além das competências, como está ligado à família, acaba por sentir o hotel de outra forma.
No Santo António isso já não aconteceu, e o diretor é um profissional que nada tem a ver com a família.
“Durante este ano gostaríamos de crescer mais cerca de 50% no número de unidades face ao que temos agora. Até lá vamos consolidando o que já temos, sempre com a ideia de conseguirmos trazer a essas unidades independentes”
Em termos de divulgação das unidades, por onde é que o vosso grupo vai pegar? Pela localização, prelos próprios empreendimentos…?
Para já, iremos começar pela divulgação dos próprios empreendimentos porque tanto um como o outro têm particularidades que são muito interessantes em termos comerciais. No Monte Filipe, vamos começar primeiro pela localização e pela dimensão do empreendimento.
No primeiro caso o que se destaca na localização é o facto de estar numa zona que apesar de ser interior e de estar na fronteira entre o Alentejo, está num local onde é fácil chegar de diversas zonas, nomeadamente de Espanha, o que permite captar alguns eventos e clientes que se movimentam naquela zona. No fundo, vamos dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo feito pelo próprio hotel ao longo dos anos, que já tem uma taxa média de ocupação e um preço médio interessante, que este mesmo acima da média daquela zona.
Ao nível do próprio empreendimento, o que se destaca são condições que apresenta, caso do Spa e da piscina de água quente.
O caso do Hotel Rural Santo António já é um pouco diferente porque o trabalho que está feito reside na área dos eventos e este tem que ser ampliado porque o hotel tem um espaço grande para eventos, tem inclusiva uma tenda, pelo que este segmento pode ser mais explorado.
Aos eventos teremos que acrescentar a área hoteleira que ainda está por desenvolver e que pode dar uma ajuda ao hotel.
O Grupo Lavanda está em negociação com mais unidades?
Está e vamos ver se conseguimos, porque o crescimento é um dos objetivos que temos. Aliás, durante este ano gostaríamos de crescer cerca de 50% no número de unidades face ao que temos agora. Até lá vamos consolidando o que já temos, sempre com a ideia de conseguirmos trazer a essas unidades independentes que têm algumas dificuldades na gestão, a custos relativamente controlados, uma gestão mais profissionalizada.