LAM tem nova equipa de gestores internacionais

As Linhas Aéreas de Moçambique LAM têm, a partir desta quarta-feira, 19 de abril, uma nova equipa de gestores internacionais liderada pela companhia sul-africana Fly Modern Ark, para ajudar na revitalização da sua imagem. Os resultados deverão começar a surgir daqui a um ano.
Segundo a imprensa local, depois da companhia aérea moçambicana ter sofrido diversos episódios de avarias, contratempos com os voos e uma tesouraria com dívidas a rondar os 300 milhões de dólares, o Governo daquele país encomendou dois estudos separados que aconselharam a dar um novo caminho à companhia, demonstrando que a marca LAM “é valiosa e o mercado onde opera também tem muito potencial”, conforme chegou a sublinhar Mateus Magala, ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, indicando a nova equipa de gestão como a melhor solução.
A nova equipa de gestores da Fly Modern Ark vão assim começar a trabalhar, a partir de hoje, com os gestores já existentes na LAM para reverter a atual situação de falência não declarada da companhia de bandeira moçambicana.
Agostinho Vuma, presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique adiantou ao mesmo meio de comunicação local, que nesta fase transitória “só temos a promessa de uma LAM que passará a fortalecer a nossa economia, permitir que a circulação de pessoas e bens e que ajuda no desenvolvimento da nossa economia, fazendo com que as nossas capitais provinciais sejam palco de negócios”.
Para já e segundo o ministro dos Transportes e Comunicações de Moçambique, a Fly Modern Ark “vai alocar verbas nas operações, assim como aviões”, não adiantando, no entanto, um número.
Recorde-se, que em março, aquando do anúncio da decisão da gestão da companhia através de uma equipa mista, o mesmo governante esclarecia que esta trabalharia de forma que a empresa esteja financeiramente estabilizada nos próximos meses, para depois ser tomada uma decisão definitiva, que segundo o mesmo pode passar pela privatização: “Neste momento o que precisamos é reestruturar, realinhar, cortar gorduras e estabilizar as contas, para permitir que haja depois, uma melhor decisão”, disse o ministro na altura.