José Santos desagradado com “tratamento desigual” do Alentejo na abolição de portagens
Embora considere que a abolição de portagens vai na “direção certa”, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo lamenta que não tenha sido usada “a mesma bitola” no interior do Alentejo, retirando assim competitividade turística à região.
Em declarações à Agência Lusa, já replicadas por outros órgãos de comunicação, o presidente da Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, lamentou esta quinta-feira, o “tratamento desigual” da sua região no que se refere à abolição de portagens, o que, afirmou “afeta a competitividade turística” do território alentejano.
Frisando que não está contra a abolição de portagens, medida que, na sua opinião, vai “na direção certa”, uma vez que é “um estímulo e um incentivo à deslocação de pessoas, também turistas, para os territórios do interior”, José Manuel Santos afirma estar apenas “contra que não se tenha usado a mesma bitola para com uma parte importante do interior do Alentejo”.
A propósito cita os “territórios do Alentejo Central e um pouco do Alto Alentejo, que são atravessados pela autoestrada A6”, onde não só não foram abolidas as portagens como “verificamos, inclusive, que há um aumento do custo da portagem”, afirmou, dando como exemplo o preço da portagem para veículos ligeiros no troço Marateca – Caia da A6, que no dia 1 de janeiro aumentou 35 cêntimos.
“Poderá dizer-se que é um aumento ligeiro de 35 cêntimos para quem faz o troço Marateca – Caia, mas não é um estímulo” à deslocação de turistas para a região, reforçou, acrescentando que este aumento “não ajuda à competitividade turística do Alentejo, essencialmente para o mercado interno”, que é um mercado muito sensível ao preço.
“Queremos que o Alentejo seja um destino de férias para todos aqueles que querem vir usufruir da hospitalidade, qualidade e diversidade dos nossos recursos e produtos turísticos e preocupa-nos haver medidas que vão no sentido de favorecer outras regiões do país”, considerou.