José Apolinário quer “agenda verde” para o turismo no Algarve
O presidente da CCDR do Algarve, José Apolinário, defendeu, na quinta feira, em Portimão, a criação de uma agenda regional de sustentabilidade ambiental para o turismo na região.
José Apolinário falava na abertura da Conferência “Smart & Sustainable Cities e os Desafios do Turismo”, que decorreu dia 27 de maio, em Portimão, onde anunciou que “a proposta de alocação de fundos do Programa Operacional Regional 2021-2027 defendida pela CCDR Algarve coloca no objetivo Sustentabilidade Ambiental mais de 40% dos 780,3 Milhões de Euros a gerir na Região”
Considerando que “a transição climática é uma urgência global, nacional, regional e local” e que “as alterações climáticas são o grande desafio ao Futuro da União Europeia”, Apolinário não deixou o turismo de fora dos objetivos a alcançar na região em termos de sustentabilidade, tendo defendido a criação de “uma agenda verde para o turismo do Algarve” que ande a par da requalificação da região em termos turísticos.
A propósito sustentou que “a sustentabilidade do Turismo na Região, a adoção de uma agenda verde para o Turismo do Algarve tem de seguir a par da requalificação e melhoria de posicionamento do Turismo do Algarve no País e no Mundo: com melhor eficiência no uso da energia pelas empresas de turismo, no impulso ao uso de energias renováveis em subsetores estratégicos para a região como o turismo náutico, no uso eficiente e inteligente da água por parte das empresas de turismo, no uso de águas residuais tratadas em espaços verdes (apenas utilizamos 4% da água tratada!), na economia circular, na diminuição, classificação e tratamento de resíduos, na eliminação completa do uso de plásticos de uso único, na inovação em torno do uso de novos combustíveis e de baterias”.
Prosseguir este caminho, disse, “passa também pela capacitação de atores e qualificação dos profissionais do setor, por forma a garantir competências adequadas que ajudem a concretizar este desígnio”.
Defendendo que “os quase 40% do território com estatuto de proteção ambiental conferem-nos valor estratégico distintivo, uma marca, que nos qualifica e diferencia a oferta, os produtos e torna imperativa a adoção de práticas mais sustentáveis”, sustentou que “os Fundos Europeus devem trazer o impulso para qualificar o território, e ajudar as empresas nesta transformação, em especial as PME, formar e qualificar os trabalhadores, a seguir este caminho de sustentabilidade ambiental”.
Isto porque, destacou, “em 2022, podemos e devemos assumir que o desenvolvimento sustentável e a sustentabilidade são mais do que um carimbo ou uma moda e os Fundos Europeus uma oportunidade de mudança de paradigma para os diversos atores no território e na região.”
A Conferência “Smart & Sustainable Cities e os Desafios do Turismo” decorreu ao longo de dois dias no Auditório do Museu de Portimão, integrada numa iniciativa decorrente da parceria entre a Câmara de Portimão, o Autódromo Internacional do Algarve, a GEN Portugal e os Territórios Criativos.