Jolidey sai da pool e avança com charter a “solo” para Djerba, diz Nuno Aleixo

Com funções acrescidas na área da tour operação do Grupo Ávoris em Portugal, o Turisver aproveitou a conversa com o diretor-geral da Nortravel, Nuno Aleixo, para falar também o pouco do que está a ser programado pela Jolidey e pela Travelplan para o ano de 2023.
Dadas as funções acrescidas que tem agora dentro do grupo Ávoris, iriamos falar da Jolidey e da Travelpan. Quando se fala da Jolidey e da Travelplan, surgem logo dois destinos: ilhas espanholas e Caraíbas. Começando pelas Caraíbas, quais são os planos que existem?
Relativamente ao Caribe, é nossa intenção para 2023, até pelo reposicionamento de marcas em Espanha que tem impacto em Portugal, a apostar em colocar todo o risco de charters na marca Jolidey, com a Travelplan a focar-se mais nos voos regulares, porque há muita oferta até pela antiga ligação à Air Europa, que tem rotas para toda a região do Caribe e temos que aproveitar ao máximo essa situação, uma vez que continua a ter boas condições com a Air Europa. Por outro lado, temos a TAP que apesar de ter abandonado Punta Cana, vai continuar a voar para Cancun, que é um produto em que também temos interesse em linha regular.
Para 2023, vamos manter o que tínhamos para o Caribe, concretamente o Lisboa-Punta Cana, o Lisboa-Cancun, o Lisboa-Varadero e o Porto-Punta Cana mas estamos a ponderar fazer um segundo destino à partida do Porto, ou Cancun ou Varadero, ou seja, não teremos mais nenhuma alternativa em termos de destinos.
Programação charter para a Dominicana todo ano
Outra novidade é o facto de irem começar a operação para Punta Cana a 26 de dezembro com a SATA e continuarem até final de março, sendo depois substituído o avião…
O avião da Iberojet virá na primeira semana de abril, que coincide com a semana da Páscoa e a partir daí será este aparelho que vai voar non-stop, todo o ano para a República Dominicana. Isto nunca aconteceu porque os primeiros meses do ano são época alta para a hotelaria de Punta Cana, os preços são mais elevados e Portugal tem pouca massa crítica para se manterem operações como se mantêm no verão.
Vamos falar das ilhas espanholas que é outro ponto muito forte da programação da Ávoris.
As ilhas espanholas são uma situação de grande continuidade dentro do Grupo Ávoris. Além da enorme oferta que temos com várias companhias aéreas, já estão previstas rotações de junho a setembro para Palma de Maiorca, do Porto e de Lisboa e para Menorca, também à partida do Porto e de Lisboa, em operações da Jolidey e Travelplan.
A possibilidade de a Travelplan aumentar a oferta com voos regulares vai permitir-nos ter os destinos das ilhas espanholas por mais tempo, em complemento aos charters.
Iremos fazer parcerias para as Ilhas Canárias, seguramente com o nosso parceiro de excelência que é a Soltour, mas ainda estamos em fase de negociações.
Também em operação da Jolidey, iremos continuar a aposta em Saidia, temos já previstas operações ao sábado, de 1 de junho até ao fim de setembro, tanto à partida do Porto como de Lisboa.
Jolidey assume operação para Djerba sem parcerias
Outro destino que vão continuar a operar em charter, até porque teve êxito este ano, é a Tunisia?
Para a Tunísia, em 2023, vamos sair da pool e vamos manter a operação para Djerba. Neste momento está garantida já a operação à partida do Porto e estamos a avaliar a possibilidade de colocar um voo também de Lisboa.
Ainda não está definido, mas a operação para Djerba será feita ou com a Jolidey ou com a Travelplan.
Isso quer dizer que a Nortravel não vai aparecer nesta operação?
Se estruturarmos algum produto que tenha uma vertente cultural de circuito, iremos aproveitar para a marca Nortravel, que é o fazemos em relação a Varadero. No caso de Varadero, no charter da Jolidey / Travelplan, a Nortravel tem entre 20 a 25 lugares por partida e fazemos um circuito exclusivo da Nortravel, com as características daqueles que fazemos na Europa. Portanto, nos destinos onde houver charters e que a Nortravel possa agregar valor com a sua vertente cultural, faremos isso e a Tunísia é também uma situação que estamos a estudar, mas terá sempre uma dimensão residual.
Vai haver novidades na LePlan e na Catai?
A Catai tem ainda muita margem para crescer em Portugal, tem um bom atendimento ao mercado português através da central de Madrid, tem uma ferramenta muito boa para a orçamentação mas nós poderemos ainda aportar valor, e vamos conseguir fazê-lo através da equipa que a Nortravel tem em Portugal, ajudando a ver as linhas de rotas aéreas e até a possibilidade de trabalharmos com allotments à partida de Portugal, que será uma das mais-valias que a Catai poderá absorver connosco.
Outra marca que em Portugal pretendemos reforçar mais é a LePlan, com o produto Disney e estamos em fase de estudo para percebermos como podemos acrescentar valor porque a LePlan é uma marca independente, tem a licença da Disney. O que pretendemos é ajudar a LePlan a ter uma maior visibilidade no mercado português e acreditamos que há margem para crescer para a Disneyland Paris.