João Fernandes: Perspetivas para 2023 são “francamente favoráveis”

A estratégia seguida pelo Algarve está a dar “resultados concretos”, por isso vai ser continuada, e alargada, em 2023, ano para o qual se perspetivam, uma vez mais, resultados favoráveis, avançou o presidente da RTA, João Fernandes, na BTL.
No Algarve, o ano de 2022 ficou marcado por uma “forte recuperação” do mercado interno mas também por uma “recuperação interessante” dos mercados externos, revelou João Fernandes, presidente da RTA, numa apresentação na BTL, na sexta feira, 3 de março, onde destacou, também, a recuperação do segmento golfe que superou os indicadores de 2019.
Como o turismo algarvio a ter um comportamento positivo no ano que passou, João Fernandes enfatizou que “onde realmente crescemos foi em valor, o que foi especialmente importante para as empresas”. Com “um aumento de 15,6% “ nos proveitos, o responsável sublinhou que “foi especialmente importante termos crescido mais em valor do que em dormidas”.
Destacou igualmente o esbatimento da sazonalidade, com o peso relativo dos meses de verão a esbater-se. “Entre os anos de 2013 e 2019 crescemos muito mais nas dormidas fora da época alta”, disse, explicando que “o valor global do crescimento fora da época alta é de 3,9 milhões de dormidas”, refletindo um aumento de 47,9%
A propósito, referiu também que durante esta época de inverno, o Algarve tem a maior oferta de sempre em lugares de avião, sendo que para o verão a região vai ter mais 18 rotas, seis de novos destinos e 12 são rotas já existentes mas operadas por outras companhias aéreas, representando “mais 33 mil lugares” durante o período de verão, o que considerou ser “uma grande oportunidade”.
Otimismo para 2023
Relativamente às perspetivas para 2023 considerou que são “francamente favoráveis”, com os meses de janeiro e fevereiro a atingirem recordes no número de passageiros desembarcados no Algarve. João Fernandes adiantou mesmo que os players dos diferentes subsectores têm relatado que as reservas em carteira “são superiores ao que tinham neste período em 2019”, destacando que “estamos a reequilibrar outra vez os diversos canais de distribuição, o que é bom porque durante a pandeia tivemos muito mais reservas diretas, que não perdemos, mas estamos a voltar a ter tour operação”. Destacou igualmente que “hoje em dia, a percentagem de reservas não reembolsáveis, ou seja, pré pagas, está ao nível de 2019, o que é muitíssimo bom”.
Ainda assim, o presidente da RTA diz que “estamos otimistas porque temos razões para isso mas estamos também muito atentos às realidades internacionais”. Isto porque “a tensão social na Europa está cada vez maior e vemos greves repentinas no handling, em estruturas aeroportuárias, em companhias aéreas e se isso acontece num mercado estratégico, num período estratégico, pode fazer perigar alguns picos de procura”.