Ir à Isla Mujeres é opção certa para quem gosta de navegar e do contacto com as águas de Cancun
Para quem está de férias em Cancun ou na Riviera Maya, há algumas opcionais que deve fazer. Uma delas é passar grande parte do dia no mar, em passeio de catamarã, e ir até à Isla Mujeres. Foi isso que fez o grupo de agentes de viagens e jornalistas convidados pelo Grupo Ávoris para passar uma semana em terras mexicanas a propósito da inauguração da operação charter Porto-Cancun.
Quem decide fazer uma viagem de cerca de 10 horas de avião para a região de Cancun ou para a Riviera Maia, no México, para além da mala com roupa de veraneio leva consigo o sonho de estar em praias de areia clara, de águas quentes e cristalinas e de usufruir de um clima que de dia só exige protetor solar, chapéu e óculos de sol e de noite roupas leves e confortáveis, porque as temperaturas mínimas a isso convidam.
Mas estar num destino e não aproveitar o que fica para lá dos portões das propriedades onde se situam os resorts, é quase um pecado. Conhecer um pouco do muito que a península de Yucatán tem para oferecer aos turistas será um desafio que deve ser aproveitado, por isso mesmo o operador turístico Jolidey, do Grupo Ávoris, preparou para o grupo de convidados que acompanharam o voo inaugural do Porto para Cancun, alguns passeios – as chamadas opcionais -, algumas visitas e uma delas foi à Isla Mujeres (não confundir com Playa Mujeres).
A saída do hotel fez-se cedinho porque nestas paragens os dias “fizeram-se” para serem aproveitados. O percurso até ao cais de partida do catamarã não é longo mas o tempo que leva a percorrer a distância depende do trânsito. O apelo de mais um dia em contacto com o mar e a natureza, rapidamente nos entusiasmou e deixou com a ansiedade de chegar ao cais de partida.
Depois de o grupo conhecer a tripulação, o “relações públicas” que foi durante todo o dia, guia, marinheiro, instrutor de mergulho, entre muitas outras tarefas, ou seja o “faz tudo” da companhia, mostrou a sua capacidade como guia e vai daí foi-nos explicando o que íamos fazer durante a travessia entre Cancun e a ilha.
Ficámos então a saber que o nome de ‘Isla Mujeres’ foi dado pelos espanhóis que lá aportaram e ao terem vislumbrado apenas mulheres que lá chegavam fazendo-se transportar em canoas, assim a batizaram. As mulheres iam à pequena ilha, de sete quilómetros de extensão e de 650 metros de largura, para junto de um pequeno santuário, que se situava numa das pontas da ilha, erigido em homenagem à deusa Ixchel, a deusa da Lua, da medicina e da gravidez, agradecerem as dádivas recebidas, ou fazerem preces e pedidos, sendo um dos mais comuns o de ficarem férteis e puderem ter filhos.
“… o catamarã parou e foi tempo de colocar os coletes salva-vidas, a máscara de snorkel e “cair” naquela água quente de um azul turquesa. Era tempo de fazer snorkel e usufruir da importante barreira de coral, do arco íris de peixes de cores variadas e muito mais”
Voltando ao “nosso” catamarã, mal tínhamos começado a navegar, e ainda a colocar o protetor solar nos corpos já bem quentes por um sol escaldante, já a tripulação nos trazia bebidas refrescantes – ‘com ou sem álcool?’, era a pergunta que se fazia ouvir. Pouco depois lá vinham as cervejinhas, coca-colas, ou água bem geladinhas e uma ou outra bebida mais forte. Passado pouco mais de meia hora o catamarã parou e foi tempo de colocar os coletes salva-vidas, as máscaras de snorkel e “cairmos” naquela água quente de um azul turquesa. Era tempo de fazer snorkel e usufruir da importante barreira de coral, do arco íris de peixes de cores variadas e muito mais.
Todos a bordo e voltámos a navegar, o nosso ‘faz tudo’ volta para fazer uma consulta – não, médico ele não é -, sobre se queremos ir à pequena vila que se situa na ponta da ilha contrária àquela em que se situava o santuário a Ixchel, ou se preferimos usufruir mais das águas cristalinas com nova paragem para nadar? A vontade do grupo foi por ir a banhos. Então, sempre muito prestativo, o nosso guia explicou-nos o que não íamos ver: uma pequena povoação que vive dos turistas e por isso tem imensas lojas de lembranças, bares e restaurantes e ruas cheias de gente, sendo nesta pequena povoação que vive a maior parte da população da ilha.
E como o prometido é devido, já próximo da ilha o catamarã faz nova paragem, desta feita para se poder nadar e tirar fotos. As correntes fazem-se sentir e por isso fomos avisados de que tínhamos de ter cuidados e foi igualmente traçado um perímetro de segurança junto à embarcação.
Pouco depois zarpamos de novo, percorrendo junto da costa a Isla Mujeres para que pudéssemos tirar fotos do mar para terra. Foi notório para todos, e até comentado, que se em algumas zonas ainda se tem praia e floresta, noutras as construções já começam a “poluir” a paisagem, tanto assim que, se as construções continuarem, podem vir a pôr em causa a sustentabilidade da ilha, que há que preservar.
“Como conclusão desta opcional e deste dia de visita à Isla Mujeres, poderei dizer que é muito boa para quem se satura de estar fechado dentro de um resort durante uma semana inteira, ou para quem gosta de fazer snorkeling, dar uns mergulhos numa água cristalina e observar a fauna marinha. Boa, também, para quem gosta de passar um dia diferente navegando por entre contrastes de paisagens e ter um contacto diferente com esta águas, alguma diversão e um agradável almoço, num lugar muito atrativo”
Quando o nosso catamarã atracou numa das muitas plataformas que servem de cais às inúmeras embarcações que ali chegam cheias de turistas, voltam à conversa as questões ambientais e de sustentabilidade, porque só neste pedacinho da ilha são centenas os turistas que pululam de um lado para o outro, ou estão dentro de água a refrescar os corpos, até chegar a hora do almoço. Sobre a praia poderei dizer que tem toldos e chapéus de sol, mas a zona de areia é pequena e a área dentro de água é vedada por sacos de areia e pedra o que dificulta a entrada da água. Por isso mesmo, por ali o mar não passa da cintura e a água estagnada, acrescida das centenas de banhistas que lá se encontravam, acaba por não convidar a banhos.
A hora de almoço chegou, os nossos estômagos são então confortados com um churrasco ao ar livre e à discrição, com carne e peixe, saladas várias, diversos tipos de arroz e feijão preto, entre outras iguarias. As bebidas também estão incluídas e também estas podem ser consumidas sem restrições. Satisfeita a gula, é tempo de darmos uma voltinha pelas lojas que se encontram junto ao restaurante, onde alguns de nós optaram mesmo por comprar alguns “souvenirs”.
De volta ao catamarã para o regresso que será feito sem paragens, um regresso bem mais refrescante dado que a chuva também quis marcar presença e o mar ficou bem mais agitado. A animação a bordo, essa manteve-se, ajudada pelo maior frescor do tempo e pelo beberricar de uma ou outra bebida.
Férias são também sinónimo de descontração e animação, por isso não nos surpreendemos do “clima” que se vivia a bordo de outras embarcações de maior porte com que nos fomos cruzando, levando a bordo dezenas de turistas que, em alguns casos – quase todos -, poderíamos apelidar de “sempre em festa”, tal era o som da música e da agitação que se vivia a bordo.
Como conclusão desta opcional e deste dia de visita à Isla Mujeres, poderei dizer que é muito boa para quem se satura de estar fechado dentro de um resort durante uma semana inteira, ou para quem gosta de fazer snorkeling, dar uns mergulhos numa água cristalina e observar a fauna marinha. Boa, também, para quem gosta de passar um dia diferente, navegando por entre contrastes de paisagens e ter um contacto diferente com esta águas, alguma diversão e um agradável almoço, num lugar muito atrativo”.
*O Turisver viajou para Cancun a convite da Jolidey, operador turístico do Grupo Ávoris