Investimento de 17,6M€: Requalificação do Hotel Mundial inicia no 2º semestre de 2024

O Hotel Mundial, do grupo PHC Hotels, situado no Martim Moniz, em Lisboa, deverá iniciar obras de remodelação total no segundo semestre de 2024. Quem o adiantou foi Miguel Andrade, diretor-geral de operações, acrescentando que o investimento será de 17,6 milhões de euros.
O responsável, que falava durante um almoço com a imprensa no restaurante Capítulo, da sua mais recente unidade hoteleira, o Convent Square Hotel Vignette Collection, no Rossio, referiu, que apesar desta intervenção já ter sido anunciada, há alguns pormenores que já podem ser avançados.
“Podemos adiantar que já assinámos um contrato com a BroadwayMalyan, a empresa que fará o projeto de requalificação do Hotel Mundial, estamos a trabalhar com a DDM que faz a parte de projeto e engenharia e estamos à ‘procura de uma noiva’ [risos]”, afirmou Miguel Andrade numa clara alusão à procura de uma parceria à semelhança da que o grupo PHC Hotels tem com a InterContinental no Convent Square Hotel Vignette Collection.
O diretor-geral de operações avançou ainda que a unidade hoteleira, com 350 quartos, vai manter-se aberta durante a remodelação dos quartos, que será total, durante um período de 36 meses.
“Vamos dar início às obras no piso zero, no bar e restauração e depois passaremos aos quartos. Vamos diminuir o nível de inventário, alterar algumas tipologias, queremos ter pelo menos 10% do inventário em suites, estamos a falar em passar para 35 a 40 suites, que nos vai permitir uma experiência boa e de mais valor aos clientes”, remata.
Muito satisfeito com o desempenho a nível de ocupação que todas as unidades do PHC Hotels – Hotel Mundial, o Portugal Boutique Hotel e a My Suite Lisbon Guest House – Príncipe Real - estão a demonstrar este ano, e que segundo o mesmo ultrapassam mesmo os níveis anteriores à pandemia, Miguel Andrade relembra: “Vou explicar porquê. É muito simples, nós olhámos para a estratégia e revimo-la. A estratégia comercial foi ligeiramente alterada, começámos a gerir os canais de distribuição por segmentos de uma forma proactiva e começámos a ter mais atualização de preço, mais preço médio, mais receita e consequentemente mais RevPar e com muito gosto lhe digo que estamos a crescer mais do que a cidade de Lisboa, acima dos 20%.”
“Temos produtos muito distintos, temos um Hotel Mundial intemporal, com uma dimensão brutal, são 350 quartos, por dia servimos no hotel mais do que 600 pequenos-almoços, é uma operação musculada, muito boa. No primeiro trimestre deste ano fizemos uma ligeira requalificação em 91 quartos do Mundial, introduzindo desde televisões, almofadas, café e água, justamente para isso, para podermos dar mais valor aos clientes. Nós não podemos ter mais preço, se não damos mais valor. Fizemos um up grade da oferta e com isso conseguimos ir cobrar mais dinheiro e ter um RevPar mais elevado. Conseguimos ter o mesmo nível de ocupação, mas com um preço médio bastante mais superior e consequentemente um RevPar mais elevado”, esclarece ainda o mesmo responsável, acrescentando que o caminho para Portugal “não é ir para a massificação, mas para a qualidade e apostar nesta e não perdermos a nossa portugalidade”.
Questionado sobre novas aquisições, depois da abertura do Convent Square Hotel Vignette Collection, a 1 de agosto último, Miguel Andrade refere que no PHC Hotels “estamos muito atentos ao mercado, não só em Lisboa como fora. Naturalmente temos propensão em trabalhar Lisboa, conhecemos muito bem o território, temos uma estrutura estabilizada e sólida em Lisboa, mas estamos a olhar para outras geografias um pouco mais distantes da capital”, acrescentando que “o projeto do Estoril não foi abandonado e estamos a trabalhá-lo”.