Inscrições abrem esta quinta-feira: Formação para imigrantes no turismo vai dar bolsa e subsídio de transporte e alimentação
Apresentado esta quarta-feira, o programa de Formação para Imigrantes no Turismo, vai envolver 1.000 formandos, durante 4 meses. A formação fica a cargo das Escolas do Turismo de Portugal, inclui um mês de estágio em empresas parceiras e as inscrições começam esta quinta-feira.
Iniciam-se já esta quinta-feira, 19 de dezembro, as inscrições para o “Programa de Formação e Integração de Migrantes e Beneficiários de Proteção Internacional no Setor do Turismo”. Trata-se de um projeto do Turismo de Portugal, Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e foi hoje apresentado no Centro Cultural de Belém.
Oficialmente apresentado esta quarta-feira, o programa visa “contribuir para a melhoria das condições de integração dos migrantes e beneficiários de proteção internacional e prepará-los para uma integração no setor do turismo, posicionando Portugal como uma referência internacional no acolhimento destes públicos”.
Representando um investimento de 2,5 milhões de euros por parte do Turismo de Portugal, o programa de formação, destinado a imigrantes que queiram trabalhar no setor do turismo e tenham a situação regularizada, disponibiliza apoio personalizado aos formandos, bolsa de formação, subsídio de transporte e alimentação.
Recorde-se que a criação de um programa de integração e formação de imigrantes e refugiados no setor do turismo constava das 60 medidas do pacote Acelerar a Economia, apresentado pelo Governo em julho.
“Desenvolver competências profissionais que habilitem a trabalhar em empresas do turismo, nomeadamente de hotelaria e restauração, através de metodologias de formação prática de learning by doing, incluindo formação nas áreas da comunicação, línguas e cultura portuguesa” é o objetivo deste “programa de inserção no mercado de trabalho que vai ser desenvolvido em cooperação com as associações empresariais, de forma a assegurar a realização de estágios remunerados e/ou de contratos de 1.º emprego”, lê-se numa nota do Turismo e Portugal.
Para terem condições de se candidatar ao programa, os migrantes e beneficiários de proteção internacional têm de ter a sua situação regularizada, serem maiores de idade e terem residência habitual em Portugal.
Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, destaca que “a formação contínua, proporcionada pela Rede de Escolas do Turismo de Portugal é, sem dúvida, um contributo significativo para a coesão social e para o fortalecimento de uma força de trabalho mais diversificada e igualmente qualificada, essencial para a sustentabilidade e competitividade do setor do turismo”.
Já Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, sublinha que “a CTP tem defendido políticas de inclusão para os migrantes que procuram o nosso país para trabalhar e nelas estão naturalmente incluídas a formação e qualificação dos cidadãos. O turismo, setor estratégico da nossa economia com elevada necessidade de mão de obra, tem de apostar na capacitação destes migrantes, de forma a promover a sua integração plena e, simultaneamente, assegurar a oferta e a qualidade que têm permitido o crescimento sustentável da atividade turística”.
Pedro Portugal Gaspar, presidente da AIMA, salienta que o protocolo assinado tem “duplo impacto na sociedade portuguesa, uma vez que promove a integração dos migrantes e de beneficiários de proteção internacional, capacitando-os para exercer atividade profissional no setor do turismo, e que potencia o desenvolvimento sustentado da economia nacional e a descentralização”.
A cerimónia de assinatura do protocolo contou com as presenças do ministro da Economia, Pedro Reis, do secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, do presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, do presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, e da vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, Catarina Paiva.