Inquérito AHP: Hoteleiros esperam maior ocupação e subida de preços no Natal e Réveillon

Para o Natal e o Réveillon, tendo como base as reservas “on the books”, os hoteleiros esperam ocupações de até 56% no Natal e até 75% no Réveillon (face aos 50% e 71% de ocupação efetiva no período homólogo anterior) e uma subida de preços que será mais acentuada no Natal, segundo um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal.
Apresentado esta terça-feira, o inquérito do Gabinete de Estados da AHP sobre as expectativas dos hoteleiros para o período do Natal e do fim de ano, revela que a expectativa é de atingir ocupações médias de 44% a 56% a nível nacional no período de 22 a 26 deste mês (Natal).
Sem surpresas, a Madeira, com 78% de ocupação média em perspetiva, Lisboa onde se estima uma ocupação de 63% e Algarve, onde a ocupação média pode ir até aos 61%, são as regiões mais bem colocadas.

As perspetivas para o Natal, segundo salientou Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, “estão bastante dentro daquilo que foi concretizado no Natal de 2022”, sendo de sublinhar que “apenas a região Centro e os Açores têm uma expectativa inferior àquilo que foi a taxa de ocupação registada em 2022”.
No caso dos Açores, que o ano passado teve uma ocupação efetiva de 51%, os hoteleiros apontam agora para que as taxas de ocupação se situem entre os 26% e os 34%.

Quanto aos preços médios, a nível nacional a expectativa é que se situem nos 135€, valor que se compara aos 118€ no Natal de 2022, com os hoteleiros de Lisboa a serem aqueles que apontam para preços mais elevados: 169€ face a 134€ em 2022. Em Lisboa, como também no Algarve, o aumento expectável é de 21%.
Quanto a mercados internacionais, o Top 3 é formado por Espanha, EUA e Reino Unido, sendo no entanto de realçar que o mercado nacional é citado por 72% dos inquiridos como sendo um dos três primeiros mercados.
De realçar que, conforme sublinhou Cristina Siza Vieira, todos os mercados internacionais exibem uma performance melhorada face ao ano passado e com algumas surpresas, como é o caso do mercado finlandês, que é apontado como um dos três principais por 29% dos hoteleiros madeirenses inquiridos.
Expectativas para o Réveillon
Para o período do final de ano, de 30 de dezembro a 2 de janeiro, os inquiridos apontam também para uma ocupação superior à do período homólogo do ano passado, com a média nacional a situar-se entre os 58% e os 75% quando a ocupação efetiva no período homólogo foi de 61%.
No global, “a expectativa é que a taxa de ocupação seja 14% superior à verificada no ano passado” quando se atingiram taxas médias de ocupação efetiva 61%, revelou a vice-presidente executiva da AHP.
Sem surpresas, a Madeira leva a dianteira, podendo os seus hotéis ficarem cheios a 92%, seguindo-se Lisboa que pode chegar aos 83% e o Algarve que pode fechar com 74% de ocupação.
Reservas no Alentejo, Algarve e Madeira já superam a ocupação do ano passado
A propósito, Cristina Siza Vieira fez notar que “o Alentejo, o Algarve e a Madeira já têm uma taxa de ocupação on the books superior àquela que foi registada no réveillon de 2022”.
Uma vez mais, é nos Açores que as estimativas dos hoteleiros são mais modestas: entre 55% e 73% (o ano passado, a taxa de ocupação efetiva foi de 69%.

Relativamente aos preços, a média nacional poderá chegar aos €169, mais 5€ do que no ano passado. O crescimento mais expressivo dá-se no Algarve, que sobe de 133€ em 2022 para a 161€ este ano. Ainda assim é na Madeira que são esperados os preços mais elevados na passagem do ano: 250€, valor que, mesmo assim, está abaixo dos 268€ do ano passado.

Quanto a mercados não há grandes alterações, com o top 3 internacional a ser composto por Espanha, Reino Unido e Estados Unidos, sendo que mais uma vez, o mercado nacional é apontado pela maioria dos inquiridos como integrando os três principais. Surpresa é o facto de a Escandinávia ser apontada entre os três principais mercados internacionais por 14% dos inquiridos na Madeira.
De salientar também o caso de Lisboa, onde o Top 3 internacional é composto por EUA (apontado por 70% dos inquiridos), Espanha e Brasil (apontado por 30% dos inquiridos na AML).
Cristina Siza Vieira sublinhou ser “interessante o crescimento expressivo que tem o mercado espanhol para 50% dos nossos inquiridos”, também o facto de os EUA destronarem o Brasil que este ano tem uma menor representação, não integrando o Top3 dos mercados internacionais para o período do Réveillon.