INE: Viagens dos residentes registaram no verão “o valor mais elevado desde o início da pandemia”
Entre Julho e Setembro de 2021, os residentes em Portugal realizaram um total de 7,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 21,3% face ao ano anterior. Este número representa, mesmo assim, -11,1% de viagens do que no mesmo período de 2019.
De acordo com os dados divulgados pelo INE esta quinta-feira, 27 de Janeiro, o aumento abrangeu tanto as viagens em território nacional como ao estrangeiro e aconteceu em todos os meses do trimestre, com aumentos de 31,7% em julho, 13,3% em agosto e 25,9% em setembro.
Os dados do INE revelam que as viagens em território nacional cresceram 17,1% (-4,6% face ao 3ºT 2019) totalizando 7,3 milhões, o que correspondeu a 94,1% do total de viagens realizadas pelos residentes. Já as viagens ao estrangeiro, que representaram 5,9% do total de viagens realizadas, ascenderam a 454,8 mil (+180,9% face ao 3º trimestre de 2020, mas, mesmo assim, -57,2% comparativamente ao mesmo período de 2019). “Em ambos os casos os valores registados no 3ºtrimestre de 2021 corresponderam aos mais elevados desde o início da pandemia”, sublinha o INE.
O principal motivo que levou os residentes a viajar continuou a ser o “lazer, recreio ou férias” que concentrou 5,4 milhões de viagens (+20,9% face ao período homólogo do ano anterior, mas -6,2% do que no 3º trimestre de 2019), “tendo a sua representatividade registado um ligeiro decréscimo em 0,2 p.p. (69,8% do total) ”, lê-se no documento.
Em segundo lugar, com 1,9 milhões de viagens, (+24,4% em termos homólogos e -16,2% quando comparado com o mesmo período de 2019. Segundo o INE esta motivação “reforçou a sua representatividade” (25,0% do total, +0,6 p.p.).
As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” (206,2 mil) aumentaram 20,2% (-40,8% face a 2019), representando 2,7% do total das viagens realizadas no período em análise.
No que toca aos meios de alojamento, os “hotéis e similares” concentraram 29,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas no período em análise, reforçando o seu peso no total (+4,3 p.p.). O “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção (56,6% das dormidas, -4,4 p.p.).
O INE indica ainda que cada turista residente dormiu, em média, 8,24 noites nas viagens turísticas realizadas, número que se copara com as 8,41 noites registadas no 3º trimestre de 2020 e as 7,80 noites no mesmo período de 2019.
A marcação prévia de serviços aconteceu em 41,8% das viagens (+2,8 p.p.), mas no caso das viagens ao estrangeiro esta proporção sobe para 83,2% (+6,4 p.p.) Nas viagens em território nacional, a reserva antecipada de serviços esteve associada a 39,2% das viagens (+1,2 p.p.).
A internet foi utilizada no processo de organização de 25,3% das deslocações (+0,6 p.p.), tendo este recurso sido opção em 65,4% (+4,8 p.p.) das viagens para o estrangeiro e 22,8% (-1,0 p.p.) das viagens em território nacional.