INE: Receitas do alojamento turístico aumentaram 12,2% até maio e estabeleceram novo máximo de 2,1 MM€

Os proveitos totais do alojamento turístico atingiram um novo recorde no acumulado dos cinco primeiros meses do ano. Para os 2,1 mil milhões de euros alcançados até maio, contribuíram, sobretudo os não residentes. No que se refere a maio, o aumento dos proveitos acelerou e Lisboa foi a região que mais contribuiu.
Dados publicados esta segunda-feira, 15 e julho, pelo Instituto Nacional de Estatística, revelam que no período acumulado de janeiro a maio, os proveitos totais do alojamento turístico cresceram 12,2% face ao período homólogo do ano passado, estabelecendo um novo recorde: 2,1 mil milhões de euros. Os proveitos de aposento subiram 11,9% para 1,6 mil milhões de euros.

Na base deste crescimento das receitas está o aumento de 4,4% nas dormidas registadas neste período – um acréscimo que se deveu, sobretudo, aos mercados extremos que foram responsáveis por uma subida de 5,9% nas dormidas para 20 milhões, enquanto o mercado nacional apenas registou uma melhoria de 0,9%, para 8 milhões.
O que também subiu nos primeiros cinco meses do ano foram os preços praticados no alojamento turístico. Tanto assim é que que o ADR (rendimento médio por quarto ocupado) aumentou 7,6% em termos homólogos, para 102,8€, enquanto o RevPAR (rendimento médio por quarto disponível) subiu 6,9% para 52,9€.
Crescimento dos proveitos acelerou em maio
Relativamente ao mês de maio, os proveitos totais aumentaram 15,5% face ao mesmo mês do ano passado, alcançando também um novo recorde: 660,8 milhões de euros. Já os proveitos de aposento, que também aumentaram 15,5%, totalizaram 505,9 milhões de euros.
O aumento dos proveitos no alojamento turístico em maio inseriu-se num contexto de subidas quer no número de hóspedes (3,1 milhões, mais 9,4%), quer no número de dormidas (7,7 milhões, mais 7,5%).
Segundo o INE, “a Grande Lisboa continuou a ser a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (33,0% dos proveitos totais e 35,2% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (23,6% e 21,7%, respetivamente) e do Norte (16,9% e 17,5%, pela mesma ordem)”.

Ainda assim todas as regiões registaram crescimentos nos proveitos, com os maiores aumentos a ocorrerem nos Açores (+26,3% nos proveitos totais e +28,5% nos de aposento), na Península de Setúbal (+23,8% e +25,5%, respetivamente), no Alentejo (+21,9% e +21,3%, pela mesma ordem) e na RA Madeira (+20,7% e +22,5%, respetivamente).
No mês em análise, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 78,3 euros (+12,0%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 123,0 euros (+9,4%).
O ADR atingiu os valores mais elevados na grande Lisboa (171,4 euros), no Norte (118,8 euros), “tendo ambas as regiões atingido novos máximos históricos neste indicador”, sublinha ainda o INE.