INE: Dormidas no alojamento turístico voltaram a crescer em fevereiro

De acordo com os dados publicados quinta-feira, 28 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística, o alojamento turístico viu o número de hóspedes aumentar 7% em fevereiro, para 1,8 milhões, com o número de dormidas a subir 6,4% para 4,3 milhões.
Os não residentes foram quem mais contribuiu para o acréscimo de dormidas em fevereiro, já que de acordo com o INE, “contrariando a trajetória de abrandamento dos últimos três meses”, as dormidas de não residentes aumentaram 8,1%, e totalizando 2,9 milhões
Já as dormidas de residentes cresceram 3,1% no mês em análise, correspondendo a 1,4 milhões.
O acumulado dos 10 principais mercados emissores em fevereiro representaram 73,2% do total de dormidas, com o mercado britânico a ter sido o principal mercado emissor externo no mês em análise (quota de 17,0%), tendo registado um crescimento de 9,4%.
Seguiu-se a Alemanha (peso de 11,4%), que cresceu 8,5%, e o mercado espanhol que originou 8,7% das dormidas de não residentes, muito embora tenha continuado a registar um decréscimo (-6,8%).
No grupo dos 10 principais mercados emissores, estiveram ainda em destaque, pelos crescimentos expressivos, o mercado polaco (quota de 3,3%) que registou um acréscimo de 25,6% em termos homólogos, bem como os mercados canadiano e americano (quotas de 3,8% e 6,6%, respetivamente) que apresentaram aumentos de +23,2% e +19,1%, respetivamente.
Entre os 10 principais mercados emissores em fevereiro, destacou-se ainda o francês, na 4ª posição (peso de 7,5%), por ser aquele que apresentou o maior decréscimo em termos homólogos (-13,3%).
Dormidas sobem em todas as regiões
O INE avança que todas as regiões registaram acréscimo de dormidas, com maior expressão no Oeste e Vale do Tejo (+17,2%) e na RA Açores (+14,0%). Os crescimentos mais modestos verificaram-se no Alentejo (+1,5%) e no Centro (+1,7%).
“A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico diminuiu em fevereiro, para 35,9% e 45,2%, nas taxas líquidas de ocupação cama e ocupação quarto, respetivamente (-0,6 p.p. e -0,7, p.p. respetivamente)”, revela ainda o INE.
As dormidas de residentes aumentaram em todas as regiões, com exceção da Madeira (-9,8%). O Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento (+11,1%), seguindo-se os Açores (+8,0%). As regiões da Grande Lisboa e do Centro foram as que menos cresceram (+0,1% e +0,2%, respetivamente).
As dormidas de não residentes cresceram também de forma mais expressiva no Oeste e Vale do Tejo (+26,5%) e nos Açores (+25,2%). Já o Alentejo foi a única região que registou uma quebra no número de dormidas efetuadas pelos não residentes (-8,9%).
As taxas de ocupação-cama mais elevadas continuaram a registar-se na Madeira (60,0%) e na Grande Lisboa (47,2%), enquanto as mais baixas se verificaram no Oeste e Vale do Tejo (23,6%) e no Alentejo (23,8%).
De acordo com os dados publicados pelo INE, apenas no Oeste e Vale do Tejo, na RA Madeira e na Península de Setúbal foram registados aumentos no valor da taxa de ocupação-cama (+1,2 p.p., +1,0 p.p. e +0,2 p.p., respetivamente), tendo decrescido nas restantes regiões, com maior expressão no Centro (-2,0 p.p.) e no Alentejo (-1,2 p.p.).
O INE comenta ainda que os resultados de fevereiro “foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo facto de 2024 se tratar de um ano bissexto e, como tal, o mês de fevereiro deste ano ter 29 dias, mais um que em 2023”.