INE: Dormidas de residentes caem 2,4% em julho e Madeira foi a região mais afetada
Dados divulgados sexta-feira, 30 de agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística, revelam que as dormidas de residentes nas unidades de alojamento turístico inverteram a tendência e caíram 2,4% em julho, com a R.A. da Madeira a registar o maior decréscimo, com uma queda de 8,1%
As estatísticas do INE mostram que no mês de julho, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes, +1,5% do que no mesmo mês do ano passado, revelando um abrandamento face ao mês anterior, quando o número de hóspedes cresceu 6,8%.
Já o número de dormidas situou-se nos 9 milhões, refletindo um aumento de 2,1% em termos homólogos. Também este indicador revela um abrandamento face ao mês de junho, quando o número de dormidas aumentou 5% em termos homólogos.
O aumento verificado nas dormidas fez-se apenas à base dos mercados externos, já que o turismo interno inverteu a trajetória de crescimento dos últimos dois meses e decresceu 2,4% em termos homólogos (quando em junho tinha aumentado 3,4%) para um total de 2,7milhões de dormidas.
Ainda relativamente ao mercado interno, os dados publicados pelo INE, revelam, também que as dormidas de residentes apenas aumentaram na Grande Lisboa (+2,7%) e na Península de Setúbal (+1,8%), tendo decrescido nas restantes regiões. Pela negativa, o destaque vai para a Região Autónoma da Madeira que foi a região onde mais se fez sentir a diminuição de dormidas do mercado nacional (-8,1%), que deverá ter sido impulsionada por Porto Santo. Seguiram-se o Oeste e Vale do Tejo (-5,8%) e o Algarve (-4,2%).
Ainda que os mercados externos tenham “segurado” as dormidas, a verdade é que se registou um abrandamento pelo segundo mês consecutivo: em julho, as dormidas de não residentes cresceram 4,2% em termos homólogos, para 6,3 milhões, quando no mês anterior o aumento tinha sido de 5,6%.
No global, todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas, com exceção do Oeste e Vale do Tejo (-0,4%). Os aumentos mais expressivos observaram-se nos Açores (+5,3%), no Norte (+4,9%) e na Península de Setúbal (+4,5%), sendo mais modestos na RA Madeira (+0,3%), no Algarve (+0,7%) e no Centro (+0,8%).