INE: Atividade turística em junho próxima dos valores de 2019
Em hóspedes e dormidas, o mês de junho aproximou-se do seu homólogo de 2019, graças, principalmente, ao mercado interno, mas contabilizando a primeira metade do ano os números ainda estão um pouco longe da pré-pandemia.
De acordo com os dados divulgados na sexta feira, dia 29 de julho, pelo INE, o sexto mês do ano trouxe a Portugal 2,7 milhões de hóspedes e 7,2 milhões de dormidas, refletindo quebras de 2,6% no número de hóspedes e apenas e apenas -0,4%, face ao mesmo mês de 2019, o melhor ano turístico de sempre.
Na hotelaria, que representou 82,4% do total das dormidas efetuadas em junho, a quebra face a 2019 foi de 0,5%, margem que aumentou para -5,1% nos estabelecimentos de alojamento local (13,8% do total). Já nas unidades de turismo rural e de habitação, que têm um peso de 3,8% no total, registou-se um crescimento de 26,4% face a igual período de 2019.
As estatísticas rápidas do INE revelam, também, que no mês de junho o mercado interno contribuiu com 2,3 milhões de dormidas (+7% do que no mesmo mês de 2019) e os mercados externos totalizaram 4,8 milhões (-3,5% do que em junho de 2019). Isto significa que, apesar da recuperação que os mercados externos têm verificado este ano, os níveis apresentados não chegam ainda sequer para igualar aquele que foi o nosso melhor ano turístico.
Quanto ao acumulado do primeiro semestre do ano, os resultados ficam ainda mais aquém de 2019, com as dormidas, que se aproximaram dos 28,6 milhões, a apresentarem um decréscimo de 7% face a igual período de 2019 “como consequência da diminuição das dormidas de não residentes (-11,9%), dado que as de residentes aumentaram 5,2%”, explica o INE.
Já no que se refere ao segundo trimestre do ano, as dormidas dos residentes aumentaram 9,9% relativamente ao ano de 2019, enquanto as de não residente continuaram a apresentar quebras.
No segundo trimestre de 2022, as dormidas cresceram 209,9% (-0,2% face ao 2ºT 2019). As dormidas de residentes aumentaram 55,6% (+9,9% em relação ao 2ºT 2019) e as de não residentes foram -4,1% comparando com o mesmo período de 2019.
Dormidas de não residentes superam 2019 na Madeira, Norte e Açores
Segundo o INE as dormidas aumentaram em todas as regiões turísticas portuguesas, sendo registar que as unidades de alojamento da Madeira, Norte e Açores registaram aumentos no número de dormidas efetuadas pelos não residentes.
Em junho, o Algarve concentrou 31,2% das dormidas, seguindo-se a AM Lisboa (24,5%), o Norte (15,5%) e a Madeira (11,7%). Comparando com o mesmo mês de 2019 registaram-se aumentos na RA Madeira (+16,8%), Norte (+6,2%), RA Açores (+6,1%) e AM Lisboa (+0,1%). No polo oposto ficou o Algarve com o maior decréscimo (-8,1%).
Relativamente às dormidas de residentes, registaram-se aumentos em todas as regiões, com exceção do Algarve (-5,3%), destacando-se a Madeira (+63,5%), Norte (+13,1), Açores (+12,6%) e Centro (+10,0%). As dormidas de não residentes aumentaram na Madeira (+8,4%), no Norte (+2,1%) e Açores (+1,9%). Já as quebras mais significativas foram observadas no Centro (-19,8%) e no Algarve (-9,0%).
Quanto aos mercados geradores de turistas para Portugal, o INE destaca o crescimento do mercado norte-americano. Fora esse, o Instituto avança que, face ao ano passado “a totalidade dos dezassete principais mercados emissores registou aumentos expressivos em junho, tendo representado 88,1% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês”.
Ainda assim, quando se compara com junho de 2019, o mercado britânico (22,4% do total das dormidas de não residentes) diminuiu 0,6%, com o mercado alemão a recuar 4,7% (aliás, a descida do número de dormidas efetuadas pelos alemães tem vindo a ser uma constante nos últimos meses). Ainda assim, as maiores quebras foram registadas nos mercados brasileiro (-20,8%) e francês (-13,1%).
No polo o porto, o mercado que mais cresceu foi o norte-americano, que protagonizou um aumento de 27,3% em junho, quando comparado com o mesmo mês de 2019.
Ainda no que toca a crescimento, o INE destaca, também, os mercados checo (+61,6%), dinamarquês (+50,8%) e romeno (+30,9%).