Hoteleiros do Algarve preocupados com greve do SEF na Páscoa

O SEF mantém o pré-aviso de greve para os dias 5 e 10 de abril. Em comunicado, a AHETA fala nas “consequências brutais” desta greve para o turismo e pede ao Governo para usar “todos os meios legais” para a evitar.
Em comunicado, a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)” lamenta o aparecimento de uma nova greve com consequências brutais para o turismo”, com o seu presidente, Hélder Martins, a deixar mesmo um desabafo: “Às vezes apetece-nos dizer que “se não nos complicarem a vida, já ajudam”!!!”.
“O episódio que vivemos há poucas semanas no Aeroporto de Faro, por ocasião de uma greve nacional, obrigando a que os passageiros esperassem várias horas, em salas apinhadas de gente” deixou imagens que correram mundo que “destruíram tanto a imagem do destino Algarve que muitas campanhas promocionais não apagarão tão cedo”, considera a AHETA em nota enviada às redações.
O pré-aviso de greve do SEF para o período da Páscoa, vem ainda piorar a situação, consideram os hoteleiros algarvios. “Será desnecessário relembrar a todos, que a Páscoa marca o fim da época baixa e permite a afluência de milhares de turistas ao Algarve. Será por isso expectável que o impacto nas chegadas e partidas do aeroporto seja significativo, continuando a “denegrir” a imagem do destino”, sublinham.
Não questionando o direito à greve, a AHETA defende que “há que considerar outros fatores como o contributo que o turismo está a dar ao país”. Por isso, “apelamos a quem tem poder de decisão para fazer tudo no sentido de evitar esta greve que tanto impacto poderá ter na principal atividade económica do principal destino turístico do país”.
A Associação entende que “o interesse nacional deve estar acima de interesses particulares” e que “caso não haja outra opção, o Governo deverá esgotar todas as formas legais para evitar esta greve, prevendo inclusivamente a colaboração da PSP para minorar o pesado impacto”.