Guimarães lança “em breve” novo concurso para Escola-Hotel

A Câmara de Guimarães vai lançar em breve um novo concurso para as obras de requalificação da casa da Quinta do Costeado, onde irão funcionar as futuras instalações do curso de Hotelaria do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e como Escola-Hotel. O projeto de arquitetura foi já apresentado.
A garantia foi deixada na conferência de imprensa realizada no final da reunião do executivo municipal, na passada quinta feira, pelo presidente da autarquia, Domingos Bragança. Este será o segundo concurso já que o primeiro, lançado em finais do ano passado, ficou deserto “por não ter sido apresentada nenhuma proposta que cumprisse o primeiro critério de validade, que é o preço base, fixado em cerca de 11,3 milhões de euros”, explicou o autarca, citado numa nota publicada no site do município.
Neste segundo concurso, previsto para “muito em breve” disse o presidente da Câmara de Guimarães, haverá necessidade de rever o valor base para 16 milhões de euros, devido à instabilidade atual do mercado da construção civil, provocada por fatores alheios ao município, como a crise pandémica e a Guerra da Ucrânia,
“Se tudo correr normalmente, havendo empresas concorrentes, poderemos ter a obra a começar no final do primeiro semestre deste ano”, adiantou o autarca.
Entretanto, a zona envolvente da Quinta do Costeado está a sofrer intervenções que visam a requalificação daquela zona da cidade, como a Ecovia da Cruz de Pedra, que estará em vias de ser inauguradas ou a reabilitação dos Fornos da Cruz de Pedra, onde funcionará uma unidade formativa em artesanato e um Centro Interpretativo da Olaria em Guimarães.
De salientar que o projeto foi já apresentado em reunião de Câmara, tendo como principais valências o edifício da casa senhorial onde funcionará a escola-hotel e a cozinha que ocupará as instalações das antigas adega e cavalariças.
Segundo uma nota da autarquia, o novo espaço a ser construído, que terá como função a vertente pedagógica, terá cinco pisos (sendo um deles subterrâneo). Aí ficarão instaladas salas de aula, salas de professores, laboratórios, cozinha, cafetaria, cantina, auditório, serviços administrativos, entre outras.
O edifício terá ainda uma esplanada e, no último piso, uma cobertura que se pretende como espaço verde. Está ainda a ser equacionada a ligação à ciclovia e a percursos pedonais, bem como a utilização de uma área ao ar livre para a realização de eventos.