Grupo SATA teve “melhor 1º semestre de sempre” em receitas
O Grupo SATA obteve no 1º semestre, receitas consolidadas de 107,9 milhões de euros, um crescimento de 51,4 % em relação a igual período de 2021 e de 15,2% relativamente ao mesmo semestre de 2019.
Na nota que o Grupo SATA enviou à comunicação social pode ler-se que “este valor que passa a constituir o melhor 1º semestre em termos de receita desde que há registos consolidados”.
De acordo com o Grupo, os números refletem “a recuperação do tráfego pós-pandemia, pilar da recuperação da atividade turística fundamental para a Região Autónoma dos Açores”.
As duas companhias do grupo (SATA Air Açores e Azores Airlines) duplicaram em número de passageiros transportados face ao período homólogo do ano passado, ficando e ficou “apenas 2,3% abaixo do primeiro semestre de 2019”.
No que toca às receitas, a Azores Airlines alcançou 70,2 milhões de euros (+115% do que no mesmo período de 2021 e +8,6% face ao mesmo período de 2019), enquanto a SATA Air Açores registou 41,5 milhões (+2,2% vs. 2021 e +26% vs. 2019.
“Em ambas as companhias aéreas o semestre de janeiro a junho de 2022 passou a ser o melhor 1º semestre em termos de receita dos últimos 10 anos” sublinha a SATA em comunicado.
No período em análise os custos operacionais, excluindo o combustível, desceram 31,4% e 10% em comparação com 2021 e 2019, respetivamente. Já os gastos com o combustível “subiram 304% em relação a 2021 – o equivalente a mais 24,3 milhões de euros” e 75%, cerca de 13,9 milhões de euros face ao mesmo período de 2019.
Em consequência, o EBITDA (Resultados Operacionais antes de Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações) da SATA Azores Airlines, tradicionalmente negativo no 1º semestre, registou um valor de – 14,9 milhões de euros, em linha com 2019 (após IFRS), ao passo que a SATA Air Açores, registou um EBITDA de 4,9 milhões, “substancialmente superior a 2019 que foi de 0,2 milhões”.
O mesmo comunicado frisa que “as companhias aéreas SATA têm na generalidade conseguido executar a operação planeada, incorrendo num mínimo de cancelamentos” os quais se justificam, quase exclusivamente, devido às condições meteorológicas. Ainda assim, para o resto do ano, as perspetivas “são moderadas” já que, apesar de o tráfego continuar a crescer “a um ritmo forte e sustentado”, os preços do combustível, acrescidos da inflação e taxas de juro “ameaçam a procura no último quadrimestre”
Apesar do contexto desafiador “o Grupo SATA antecipa terminar o ano com uma performance melhor do que a prevista no seu Plano de Restruturação”, conclui o comunicado.