Grupo Pestana e construtora Alves Ribeiro candidatos a desenvolver hotel de luxo no CCB

A notícia foi avançada esta quinta-feira pelo jornal ECO. As duas empresas têm até ao próximo dia 6 de março para apresentar as suas propostas para a construção de um hotel de luxo e ainda dos apartamentos turísticos e lojas, num investimento que deverá situar-se entre os 70 e os 80 milhões de euros.
Recorde-se que esta é a segunda vez que o CCB lança um concurso público internacional para a construção de dois módulos (precisamente os módulos 4 e 5 do projeto original) que integram hotel de luxo com 161 quartos, aparthotel com 126 unidades, restaurantes, lojas e escritórios. Estes espaços, que se encontram numa área de 23.000m2, deverão estar concluídos em 2027, conforme foi anunciado em outubro pelo presidente do CCB, Elísio Summaviele.
A notícia do ECO indica que ambas as empresas “demonstraram ter capacidades técnica e financeira suficientes”, de acordo com os critérios fixados no caderno de encargos.
Na hotelaria e turismo, o Pestana Hotel Group dispensa qualquer apresentação. Por seu turno, o grupo empresarial Alves Ribeiro, mais conhecido pela empresa de construção do mesmo nome, tem também interesses na área hoteleira, sendo proprietário do Lumen Hotel & The Lisbon Light Show.
As candidaturas das duas empresas foram avaliadas por uma comissão que está a conduzir o processo e convidadas a apresentar as propostas até 06 de março, e serão analisadas pela comissão independente de cinco elementos que está a conduzir o concurso que entra, então, na fase de negociação para que sejam submetidas as versões finais das propostas que não podem ser alteradas durante 180 dias, indica o jornal ECO.
O critério de escolha do vencedor vai ter em conta “a proposta economicamente mais vantajosa” para o CCB, sendo que o valor da renda proposta terá um peso de 65% e a qualidade técnica da proposta os restantes 35%.
Para apresentar candidatura ao projeto foi exigido que os candidatos tivessem “experiência mínima de cinco anos consecutivos na gestão, simultânea ou sucessiva de, pelo menos, dois estabelecimentos hoteleiros com posicionamento igual ou superior a ´upper midscale´ (de quatro estrelas ou superior)”; e que no momento da apresentação do projeto tenham sob gestão pelo menos, dois estabelecimentos hoteleiros de 4* ou superior e que, “pelo menos, um desses estabelecimentos hoteleiros tenha um mínimo de 150 quartos”.
Foi também exigido aos candidatos que apresentassem capitais próprios acima de 30%.
O novo concurso internacional, segundo frisou o presidente do CCB, Elísio Summaviele na apresentação realizada em outubro do ano passado, traz condições mais vantajosas para os candidatos, comparativamente ao anterior, nomeadamente o período de concessão, que aumenta de 50 para 65 anos, prorrogáveis a 75 anos, e as prestações das rendas anuais do direto de superfície têm um escalonamento “mais amplo e variável, portanto mais favorável”.
Ao nível das rendas anuais fixadas, o presidente do CCB destacou ainda, na mesma altura, que “está previsto um valor de 350 mil euros, nos primeiros quatro anos do contrato, aumentando gradualmente até atingir os 1,25 milhões de euros”.