Grupo Airventure terá 12 agências no arranque e representará 14% do BSP nacional

Foi apresentado esta terça feira, 6 de dezembro, o Grupo Airventure que iniciará atividade em Janeiro de 2023. Composto “em exclusivo” por agências de viagens IATA, o novo grupo conta com seis sócios fundadores, nomeadamente, Airmet (sócio maioritário) Agência Gomes Alves, Consolidador.com, Leiriviagem, Tropical Season e Via São Jorge, mas em janeiro entrarão mais seis empresas.
Na apresentação do novo grupo, onde estiveram cinco dos seis sócios fundadores, Luís Henriques, em representação da Airmet, explicou o que vai ser a Airventure e quais os objetivos que pretende alcançar, começando por sublinhar que a Airventure é um grupo de gestão de agências IATA que “são sócias da organização” e “integram o capital”, onde a Airmet detém de 50,1% do capital total enquanto os restantes 49,9% estão nas mãos das outras associadas. Ainda assim, esclareceu, “o acordo para social que define as regras da sociedade dá a todos os associados direito a voto igual”.
As agências, continuou, “têm responsabilidades na gestão e todas têm poder de decisão”, ou seja, “todos os sócios têm uma palavra a dizer nesta organização e todas as decisões são tomadas em conjunto”, ou seja, “contrariamente ao que acontece nos grupos de gestão tradicionais, na Airventure as decisões são tomadas em conjunto por todos os sócios e não impostas pelo grupo de gestão de forma unilateral”. Por outro lado, todos os sócios fundadores vão ter pelouros específicos: a Airmet tem o pelouro comercial, a Tropical Season e a Via São Jorge têm o pelouro da tecnologia, a Gomes Alves e a LeiriViagem têm o departamento financeiro, e o Consolidador.com está com a contratação. No entanto, a entrada de novos sócios, prevista para janeiro, deverá vir a ditar alterações na distribuição agora feita.
Aumentar a rentabilidade dos sócios, liderar no BSP em Portugal, sem esquecer a inovação e a ambição, características que estão presentes no ADN dos sócios fundadores, são os objetivos já assumidos da nova empresa. Na prática, sublinhou Luís Henriques, “aquilo que queremos é definir este projeto como único e agregar valor às agências de viagens que o componham” e “ter as melhores condições comerciais para agências de viagens IATA”.
Início formal de atividade do grupo Airventure será a 2 de janeiro
Com o início de atividade da Airventure marcado para o dia 2 de janeiro, a empresa está “em negociações muito avançadas com as companhias aéreas e calculamos que esta organização garante cerca de 14% de share do BSP a nível nacional”, o que reflete o propósito já assumido de que a Airventure venha a ser “a maior produtora de BSP a nível nacional, a médio prazo”, uma vez que “o nosso objetivo é crescer cada vez mais em termos de quota de mercado” afiançou.
Para alcançar este objetivo, que Luís Henriques assumiu que gostaria de ver acontecer “a dois anos”, está prevista a entrada de, pelo menos, mais seis sócios a partir de Janeiro, dois dos quais serão agências que integravam a Airmet, dois são independentes e os restantes dois são “de um grupo concorrente”, tendo apenas particularizado a entrada da agência EMVIAGEM, presente na sala “que acredita neste projeto já desde há alguns meses, faltando apenas formalizar a entrada”. Será a soma destes 12 sócios que irá permitir alcançar os referidos 14% de share no BSP Nacional, esclareceu.
A propósito adiantou que a Airventure tem espaço para a entrada de mais oito agências até ao final do ano e que as que entrarem neste prazo irão beneficiar de algumas “vantagens específicas” que, no entanto, não clarificou.
Porque se trata de “um grupo extraordinariamente exclusivo” que está a planear “fazer algo completamente diferente do que existe no mercado nacional”, a entrada de qualquer outro sócio “está sujeita a critérios bem definidos e a uma rigorosa avaliação”, para além de ter que ser aprovada pelos sócios. Isto porque, embora o crescimento esteja nos planos da empresa, não há uma meta definida e poderá haver limites até porque o objetivo passa mais por crescer em share do que em número de agências. A este propósito, Luís Henriques avançou que o grupo poderá crescer até às 20 agências, uma vez que o que se pretende é ter “agências fortes no mercado nacional”, por isso, até este momento, tem sido a Airventure a angariar agências.
Luís Henriques apontou algumas características que considera serem diferenciadoras relativamente a outros grupos de gestão. “Vamos ter um Fundo de Garantia que acreditamos que transmitirá muita confiança aos parceiros”, afirmou, acrescentando que “a confiança na nossa organização é fundamental e achamos que só assim é que poderemos ter sucesso nas negociações com todos os parceiros”. Este Fundo de Garantia vai arrancar com 20 mil euros mas será reforçado anualmente com uma percentagem da faturação alcançada. A Airventure, que já tem RNAVT, vai também ter um número IATA, processo que deverá estar concluído até ao final do ano por forma a “conseguirmos ser um ator fundamental neste mercado e ter a capacidade de intervenção direta sem necessidade de usar nem IATA, nem RNAVT de outros sócios que compõem a sociedade”.