Governo prepara missão para ir buscar trabalhadores para o turismo a países de língua portuguesa

À margem de uma visita ao Algarve, na terça feira, a secretária de Estado do Turismo estimou que o país precise de 45 mil a 50 mil trabalhadores no turismo e adiantou que o Governo está a preparar uma missão empresarial para recrutar trabalhadores nos países de língua portuguesa.
Em declarações à agência Lusa, à margem da visita ao Algarve, que tinha o emprego como um dos pontos da agenda, a secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, apontou que a falta de recursos humanos no turismo em Portugal poderá ser colmatada por trabalhadores originários dos países de língua portuguesa, ao abrigo do novo regime de entrada e permanência de trabalhadores em Portugal, recentemente aprovado.
Para isso, o Governo está a preparar, para o último trimestre do ano, uma “missão” com o objetivo de “levar uma comitiva de empresários portugueses que estejam à procura de reforçar os mapas de pessoal, identificando trabalhadores dessas geografias que estejam interessados em vir para Portugal […] e que os serviços consulares possam depois administrativamente despachar favoravelmente os vistos e possamos trazer connosco os trabalhadores que pretendem ingressar neste setor de atividade”, explicou, acrescentando que a missão irá contar com várias áreas do Governo, como o “Trabalho, Negócios Estrangeiros e Economia”.
“Nesta altura em que há uma retoma pujante do setor do turismo, estamos a viver vários desafios e um deles tem a ver, justamente, com a falta de capital humano”, referiu, adiantando que, durante o encontro com empresários do setor, no Algarve, foi abordada a nova lei votada favoravelmente na Assembleia da República em 21 de julho, a qual introduziu “alterações muitíssimo relevantes e substanciais na emissão de vistos, designadamente no âmbito dos países que ratificaram o acordo da CPLP”, explicou. Este novo regime, considerou ainda, “pode ser útil justamente para se poder importar capital humano”.
No entanto, sublinhou, há a preocupação “de garantir que este capital humano também é adequadamente formado e capacitado” para manter “uma prestação de serviços de excelência” no setor, envolvendo nesta matéria as escolas de hotelaria e turismo nacionais.
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