Governo dos Países Baixos recua na limitação de tráfego no aeroporto de Amsterdão Schiphol
O Governo dos Países Baixos anunciou esta quarta-feira a suspensão do seu plano para limitar o número de voos no aeroporto de Schiphol, em Amesterdão, no verão de 2024. O recuo, que agrada às companhias aéreas, nomeadamente à KLM, deveu-se a pressões da União Europeia e dos EUA.
A medida surgiu na sequencia de uma reunião entre os Estados Unidos e a União Europeia, no passado dia 13 de Novembro, após a qual a Comissária Europeia dos Transportes, enviou uma carta ao governo dos Países Baixos expressando “sérias preocupações” sobre se o número limite de voos teria sido adequadamente analisado.
A notícia foi acolhida com agrado pelas companhias aéreas que operam para aquele aeroporto, principalmente para aquelas que estavam em risco de perder slots, como a KLM, a JetBlue e a Delta Air Lines.
Em comunicado divulgado esta quarta-feira, 15 de novembro, a KLM afirma-se “satisfeita” com o facto de o governo neerlandês ter decidido suspender a regra experimental de limitação do número máximo de voos a receber pelo aeroporto de Amesterdão durante o verão do próximo ano. “É um passo importante para evitar retaliações e continuar voando para os EUA”, sublinha a companhia.
“A Comissão Europeia enviou um sinal claro para passar por um processo jurídico cuidadoso de acordo com uma abordagem equilibrada”, continua a companhia, explicando que foram acordadas “uma série de medidas” para a “redução da poluição sonora”.
A transportadora aérea afirma que “partilha as preocupações ambientais do governo e está totalmente empenhada em reduzir a sua pegada ambiental” e refere o seu plano de investimentos multimilionário de longo prazo ao nível da “renovação da frota e no uso de combustível de aviação sustentável”.
Em sentido contrário vão as declarações do Aeroporto de Schiphol, que expressou a sua deceção pela medida toada pelo Governo, principalmente pelo que ela acarreta de negativo para os residentes locais, por isso afirma, em comunicado, que irá continuar a lutar em prol da limitação de voos.