Gigante TUI garante que para férias de verão não haverá preços de “pechincha”
Este verão não será o indicado para que os turistas esperem por “pechinchas” para marcarem as suas férias e os turistas britânicos já foram avisados pela TUI: “pechinchas” de última hora não vai haver e tudo leva a crer que o mesmo se passe noutros mercados.
Este ano, não vale a pena ir para o aeroporto de malas feitas à espera da melhor pechincha para um destino de praia e também não vale a pena que toda a família esteja 24 horas por dia frente a um site de viagens à espera dos melhores “saldos”. É que, segundo a TUI, quando se está à espera de vender tudo pechinchas é o que não se dá.
No Reino Unido, onde os turistas gostam verdadeiramente de saldos, o Grupo TUI já deixou claro, através de entrevistas concedidas pelos seus responsáveis, que qualquer pessoa que ainda esteja à espera de ofertas de última hora vai ter grande deceção. E há várias razões para que assim seja, a começar pela própria lei da oferta e da procura, já que o operador sente que há mercado para toda a oferta que colocou no mercado, e que as pessoas estão dispostas a pagar mais pelas férias, a exemplo do que diz ter acontecido na Páscoa. Acresce que, embora a TUI continue a perspetivar poder voltar a atingir este ano os resultados de 2019, o aumento do preço dos combustíveis, por si só, justifica que não se baixem preços.
Em recente entrevista à BBC, o CEO do Grupo TUI, Fritz Joussen, deixou claro que “praticamente não haverá ofertas de última hora a preços baixos este verão”, começando por dar como justificação a escalada do preço dos combustíveis para os seus aviões e navios de cruzeiros.
Para já, a Grécia lidera a procura dos clientes da TUI, seguida das ilhas espanholas (Canárias e Baleares) e da Turquia e se bem que não sejam esperados nos destinos problemas com a Covid, a TUI antecipa que podem surgir outros problemas, à semelhança do que aconteceu na Páscoa, ao nível da operação aeroportuária e das próprias companhias aéreas, a braços com a escassez generalizada de recursos humanos.
Reservas no Reino Unido acima de 2019
Com base nos indicadores de que já dispõe, o gigante das viagens e turismo espera que as reservas de verão alcancem os níveis pré-pandemia e que o negócio siga de feição, apesar de o CEO do Grupo TUI ter sublinhado que ainda há muito de imprevisível, não apenas por via do Covid mas também da guerra na Ucrânia. Ainda assim, espera que 2022 seja “um bom ano financeiro” até porque a capacidade colocada no mercado “quase atinge os níveis pré-pandemia”.
O bom nível de reservas é uma das justificações para que não haja baixas de preços: no último trimestre, em termos globais, 1,9milhões de clientes voaram com a TUI e no momento as reservas totais do operador para o estão a 85% das verificadas em 2019, com vantagem clara para o Reino Unido, onde o nível de reservas supera em 11% os números da pré-pandemia.
A elevada procura, junto com o aumento dos combustíveis já se reflete numa subida dos preços dos pacotes turísticos em cerca de 20%, segundo a TUI, que considera, no entanto, que as pessoas querem tanto viajar que estão dispostas a pagar o preço. De acordo com a TUI “os clientes estão dispostos a gastar muito mais nas suas férias de verão, optando por estadias mais longas e alojamento de maior qualidade”.
Na entrevista à BBC o CEO da TUI afirmou que “a Páscoa foi um indicador importante do comportamento do mercado. A elevada procura de férias e o bom desempenho dos negócios só vieram confirmar as nossas perspetivas de que 2022 vai ser um verão forte para a indústria de viagens e um bom ano financeiro”.
Por isso quis deixar bem claro que “se alguém está à espera de pechinchas vai ficar muito desapontado”.