GEA Portugal vai criar em 2024 a NewAirACE um complemento ao modelo IATA, anunciou Carlos Baptista

Em conferência de imprensa à margem da XIX Convenção GEA que decorreu em Marraquexe, os administradores do Grupo anunciaram o lançamento de novas ferramentas em 2024, nomeadamente um agregador de hotelaria que estará a funcionar já em Janeiro, bem como várias alterações no segmento aéreo.
A segunda parte da conferência de imprensa foi dedicada ao ano de 2024 com Carlos Baptista, administrador da GEA Portugal, a anunciar que o objectivo é o de “consolidar e continuar a desenvolver os quatro projectos que foram lançados este ano”, e lançar novas ferramentas durante o próximo ano.
No segmento do aéreo, serão introduzidas duas alterações, passando uma delas pela atribuição de segmentos às agências GEA. “Até à data, tínhamos um modelo de segmentos de produção por grupo, em que as agências podiam receber entre 2,4€ e 2,9€ consoante a produção do grupo como um todo” e “decorrente das negociações que houve enquanto grupo Newtour, vamos ter um incremento substancial destes valores”, disse Carlos Baptista.
Neste âmbito será criado “um nível de cinco patamares de incentivos, ou seja, quem vender qualquer coisa do aéreo, vai estar substancialmente melhor desde o nível zero, e vamos criar incentivos para que quem produz mais possa receber mais, para que os médios e grandes produtores se sintam também recompensados”, explicou o responsável, acrescentando que o objectivo é “melhoramos no todo do grupo e depois fazemos um incremento individualmente”.
“É um modelo baseado na prudência porque existe uma incerteza sobre qual vai ser a evolução do crescimento ou decréscimo dos segmentos nos GDSs. É um modelo prudente e realista”, acrescentou Pedro Gordon, administrador da GEA Portugal.
Também em 2024 vai ser criado um complemento ao modelo IATA, denominado NewAirACE. “Na GEA temos agências não IATA, que têm o acompanhamento da Travel GEA que responde a todas as necessidades das agências não IATA e temos agências IATA que beneficiam de todos os acordos que fazemos para essas agências e do que fazemos em termos de contratação de segmentos mas todos os acordos que fazemos com as companhias aéreas são sem responsabilidade solidária, porque não temos nenhum grupo que agregue estas entidades para podermos ter contratos com responsabilidade solidária. Por isso sentimos a necessidade de lançar um novo modelo, complementar ao modelo IATA”, começou por dizer Carlos Baptista.
O NewAirACE “não é um modelo substituto, não tem custos de investimento, é um modelo muito suave na sua entrada e sem custos adicionais mensalmente, não é outro grupo, é literalmente um modelo complementar àquilo que nós temos, através de uma forma jurídica que é o agrupamento complementar de empresas (..) que garante, pela sua forma jurídica, a responsabilidade solidária entre todos”
O administrador do Grupo GEA explicou que este “não é um modelo substituto, não tem custos de investimento, é um modelo muito suave na sua entrada e sem custos adicionais mensalmente, não é outro grupo, é literalmente um modelo complementar àquilo que nós temos, através de uma forma jurídica que é o agrupamento complementar de empresas (..) que garante, pela sua forma jurídica, a responsabilidade solidária entre todos”.
Precisou ainda que “teremos um fundo constituído pelos membros que quiserem estar nesse agrupamento complementar e vamos fazer os acordos que façam falta fazer através desse agrupamento complementar. Ou seja, não vamos fazer acordos com todas as companhias aéreas através desse modelo complementar, até porque já temos acordos e estamos muitos satisfeitos com os acordos que temos, mas algumas companhias, para darem incentivo, exigem que haja uma responsabilidade solidária, e uma forma jurídica mais e melhor definida e estamos a trabalhar para, em 2024, darmos essa solução complementar e corrigir uma falha que existia naquilo que eram as soluções entregues pelo Grupo GEA”.
Sobre este tema reforçou que “não há custos adicionais porque isto não é uma área adicional de negócio da GEA, é um complemento àquilo que é uma falha de resposta que tínhamos em toda a criação de valor da GEA”.
Ainda no que se refere às novas ferramentas que a GEA se prepara para lançar em 2024, os administradores do Grupo anunciaram o lançamento, já em Janeiro, de um agregador de hotelaria totalmente dedicado às agências GEA, o TravelGEA Booking.
Vai ser também lançada, a partir de março, a TravelGEA Web, um site de marca branca para as agências poderem pôr a sua “montra”. “Será mais uma ferramenta comercial da GEA”, explicou Carlos Baptista, acrescentando que o objetivo é sempre o de “criar mais-valias para as agências e para os operadores que estão connosco, e valor acrescentado”.
Em cima destes dois novos projectos a GEA pretende, ao longo de 2024, trabalhar no suporte e na criação de ferramentas que ajudem as agências na sua comunicação perante o cliente final. Será também desenvolvida uma nova dinâmica comercial e comunicacional que irá assentar em boa parte na ferramenta da GEA TV.