Galardoado nos ‘MSC All Stars’ Timóteo Gonçalves afirma-se “farto” que as agências sejam olhadas como “parceiro menor”
Timóteo Gonçalves, que durante 25 anos foi diretor-geral da B the Travel Brand (ex- Halcon Viagens), foi distinguido com o ‘Prémio de Mérito de Carreira’ na cerimónia dos ‘MSC All-Stars of the Sea’ realizada no domingo a bordo do MSC Divina, no Porto de Lisboa, reunindo mais de 400 convidados.
Na apresentação do Prémio de Mérito de Carreira, Pedro Vasco, diretor comercial da MSC Cruzeiros, explicou tratar-se de um galardão destinado a premiar uma personalidade cuja “excelência transcende a indústria e marca para sempre o turismo nacional”.
Já Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, classificou Timóteo Gonçalves como uma das pessoas “mais carismáticas, mais corajosas e talvez das mais mobilizadoras que conheço”.
Ao receber o prémio, entregue por Eduardo Cabrita e Leonardo Massa, vice-presidente da MSC para o Sul da Europa, Timóteo Gonçalves, que foi aplaudido de pé por toda a plateia, agradeceu emocionado à empresa em que trabalhou (Halcon Viagens / B the Travel Brand) e que “me permitiu ser um bom profissional mas, acima de tudo, a toda a equipa que tive a honra de liderar nos últimos 25 anos”.
Aproveitou também para deixar alguns “recados”, nomeadamente às companhias aéreas e aos hoteleiros, ao dizer “num ambiente em que as companhias aéreas não nos dão comissão -0,5% ou 1% não é comissão -, num momento em que os hoteleiros se renderem às Bookings e às Expedias, há empresas, especialmente a MSC, que investindo biliões de euros em novos navios, continuam a privilegiar as agências de viagens como o seu canal de distribuição e pagam-nos comissões que nos permitem fazer a nossa vida de uma forma digna”.
“Agora que me reformei, e formalmente deixei de estar no meio das agências de viagens, estou farto que nos olhem de cima para baixo, farto e cheio que alguns que deveriam estar extraordinariamente agradecidos à nossa atividade, nos olhem de lado como se fossemos um parceiro menor”, concluiu Timóteo Gonçalves.