Gabriel Subías diz que “guerra” da distribuição em Espanha não vai chegar a Portugal

Gabriel Subías, CEO do Grupo W2M, esteve em Lisboa durante a BTL para apresentar, durante um pequeno almoço com a imprensa, o operador especializado em grandes viagens, o Icárion, e a programação de todas as empresas de distribuição que o grupo já tem no nosso país.
A oportunidade foi aproveitada pelo Turisver para tentar saber, junto de Gabriel Subías, o que está a passar-se em Espanha com as grandes empresas de distribuição turística, dado que a imprensa espanhola especializada fala muitas vezes em “guerra” entre os grandes players do mercado.
Em resposta ao Turisver, o CEO do Grupo W2M confirmou a tensão existente e explicou que “a crise pandémica fez movimentar toda a estrutura em Espanha. Nós estamos a iniciar o projeto da nossa vida mas até há dois anos estávamos na Ávoris que se fundiu com a Globalia. Há quatro grandes grupos em Espanha e há dois processos de fusão entre os grandes [a VECI – Viages El Corte Inglés está em processo de fusão com a Logitravel, a Ávoris fundiu-se com a Globalia e a Wamos poderá fundir-se com a Nautalia]. Perante isso, estão todos a ver como se colocam, pelo que neste momento há uma certa tensão”.
Sobre o posicionamento da W2M, afirmou acreditar que “nós temos uma proposta de valor mais inovadora e, sobretudo, não temos aquilo que os ingleses denominam de legacy, ou seja, não temos “herança” e creio que isso nos converte num player interessante. A partir daqui estamos a fazer o nosso caminho, sabemos que há grupos muito maiores do que nós mas vamos dando os nossos passos. Mas é verdade, sim, que há uma certa tensão no mercado, em Espanha”.
Porque os grupos envolvidos na tensão de que falava Gabriel Subías estão a operar no mercado português, caso da Ávoris / Globalia, da Wamos e, mais recentemente, porque a sua entrada no mercado também é mais recente, a W2M, o Turisver perguntou ao CEO do grupo W2M se essa tensão poderia instalar-se também no mercado português, mas na opinião de Subías tal não se irá passar. “Aqui em Portugal há um nível de profissionalização superior, são muito mais profissionais, há uma situação mais sofisticada e creio que há muito mais capacidade de fazer as coisas com racionalismo”, afirmou.