Futuro do turismo de montanha passa pela diversificação de experiências

Oferecer experiências mais diversificadas e investir na formação será essencial para que o turismo nas zonas de montanha cresça de forma sustentável e responsável. Esta foi uma das conclusões do  12º Congresso Mundial de Turismo de Neve, Montanha e Bem-Estar, em Andorra.

No congresso, que contou com mais de 300 participantes de 14 países, foram identificados os desafios fundamentais que este tipo de turismo enfrenta, incluindo as alterações climáticas e a evolução das tendências de consumo. Foi também destacado o papel que o turismo pode desempenhar na proteção dos ecossistemas montanhosos vulneráveis, aumentando a resiliência das comunidades que os habitam e preservando o património local.

Enquadrado no quinquénio de Ação das Nações Unidas para o Desenvolvimento das Regiões de Montanha, o evento centrou-se no turismo de saúde e bem-estar, na sustentabilidade, na promoção de segmentos premium em zonas de montanha, nos produtos turísticos emergentes e na atracão e retenção de pessoas com talento, entre outros.

Os participantes enfatizaram a importância de criar um quadro sólido com o qual todas as partes interessadas possam adotar uma visão comum para o desenvolvimento do turismo de montanha sustentável, resiliente e inclusivo que beneficie diretamente as comunidades.

Na sequência da edição de 2022, o Congresso de 2024 incluiu uma sessão sobre turismo de saúde (saúde e bem-estar), segmento em que as zonas de montanha podem oferecer um valor acrescentado significativo e ter uma vantagem competitiva. Isto mostra a transição que está a ocorrer para diversificar os produtos turísticos destes territórios, de forma a criar procura ao longo do ano e satisfazer as necessidades dos turistas de hoje.

O Congresso lembrou ainda que o turismo pode ser um motor de desenvolvimento rural e ajudar a promover a melhoria e preservação das culturas e valores locais das comunidades.

No evento, o ministro do Turismo e Comércio de Andorra, Jordi Torres Falcó, frisou: “Este ano introduzimos um novo tema, o bem-estar, demonstrando que no setor do turismo evoluímos e nos adaptamos às novas tendências turísticas. Deparamo-nos também com a necessidade de continuar a trabalhar para fazer avançar o Congresso, permitindo-nos responder às necessidades do sector, fornecendo conhecimentos e ferramentas para melhorar a oferta de turismo de montanha e, ao mesmo tempo, ser um laboratório onde possamos aprofundar temas tão variados como a integração do turismo nas comunidades locais, ou a educação e a formação”.