Fundação INATEL debate Economia Social com Turismo a ser “exemplo notável”
“Os desafios da inovação na Economia Social” foi tema da conferência “Diálogos INATEL Turismo Social” organizada pela Fundação no passado dia 21, no Teatro da Trindade, em Lisboa. Um evento em que “o Turismo Social foi identificado como um exemplo notável de economia social”.
O evento reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir e refletir sobre o futuro da economia social e solidária, destacando as oportunidades e tendências de inovação no setor, com o objetivo de “promover a reflexão e uma maior cooperação entre diferentes entidades e organizações, visando criar soluções inovadoras para os desafios contemporâneos e construir uma sociedade mais justa e inclusiva”, sublinha a Fundação INATEL.
Para além de uma palestra do presidente da Portugal Inovação Social, Filipe Almeida, que abordou os desafios da inovação na Economia Social, lançando as bases para as discussões subsequentes, a conferência incluiu 4 painéis, cada um focado em diferentes aspetos da economia social:” Terceiro setor, Economia Social e Economia Solidária: coexistem ou substituem-se?”; “A Economia Social é um modelo de negócio do futuro?”; “Turismo Social como catalisador do desenvolvimento sustentável”; e “Casos práticos de inovação e empreendedorismo social”.
Como é que o turismo social pode promover o desenvolvimento sustentável, para públicos mais vulneráveis, com impacto social nos territórios e economias locais, foi a vertente explorada no painel dedicado à actividade turística.
Neste painel, o Turismo Social, ou Turismo para Todos, foi identificado como um exemplo notável de economia social, uma vez que “apoia públicos mais vulneráveis, promove o lazer inclusivo, o acesso sócio-cultural e beneficia as economias locais”.
“A Fundação INATEL sendo um membro ativo, há 50 anos, da Organização Internacional de Turismo Social (ISTO), é uma organização- modelo nesta área de intervenção”, refere, a propósito, uma nota divulgada pela Fundação.
A conferência destacou, também, a importância crescente da economia social, que representa 3,2% do valor acrescentado bruto e 6% do emprego em Portugal, com um aumento de 33% no número de entidades nos últimos dez anos.
Neste âmbito foram apresentadas várias propostas para reflexão, incluindo a banca ética, a criação do Estatuto de Empresa Social, a retenção de uma percentagem dos acordos de cooperação para a inovação social e a e a gestão comunitária de bens apreendidos no âmbito de processos judiciais.