Francisco Pita afirma que o aeroporto de Beja está pronto para operar voos comerciais, basta que surjam interessados
Francisco Pita, administrador da ANA – Aeroportos de Portugal respondia a uma questão colocada pelo Turisver, no painel “A importância da aviação no destino” do XX Congresso da ADHP que decorreu na passada semana em Aveiro.
Na reta final do painel moderado por Atilio Forte e que contou com a participação de Francisco Pita (ANA), Sofia Lufinha (TAP), António Moura Portugal (RENA) e José Lopes (easyJet), o Turisver quis saber quais os investimentos necessários para pôr o Aeroporto de Beja a funcionar e a existência, ou não de interesse por parte da ANA em o fazer.
Antes de responder à questão, em concreto, Francisco Pita quis desmistificar algumas questões sobre o Aeroporto de Beja, tendo começado por garantir que este Aeroporto “está aberto, operacional, tem taxas supercompetitivas e tem um programa de incentivos ao tráfego” pelo que, assegurou, “basta que um operador aéreo tenha interesse em operar para o Aeroporto de Beja e poderá fazê-lo”.
Respondendo à questão em concreto, Francisco Pita disse que a ANA tem “uma estratégia de desenvolvimento para o Aeroporto de Beja assente em três pilares”, os quais enumerou.
Assim, o primeiro é o eixo aero-industrial, sobre o qual o administrador da ANA informou que “temos neste momento um hangar de manutenção de aeronaves, estamos prestes a ter o segundo, é uma atividade que não é tão “sexy” como o transporte aéreo mas que atualmente tem muita procura na Europa”.
O segundo eixo de aposta é a aviação executiva, um segmento que segundo Francisco Pita “está a crescer, muito fruto dos investimentos que estão a ser feitos na costa alentejana e para o qual temos também vindo a adaptar a infraestrutura do Aeroporto de Beja para dar resposta a esta procura”.
O terceiro eixo que foi identificado com potencial foi o da operação turística de outbound, ou seja voos charter turísticos com partida do Aeroporto de Beja, o que já aconteceu em 2018. A propósito, o administrador da ANA avançou que “temos tido interesse da parte de alguns operadores em fazer esse tipo de operações pela simplicidade da operação do Aeroporto de Beja, o que para alguns destinos pode ser um produto interessante”.